No último final de semana, o presidente da Câmara de Vereadores, Sidney Dinho (PEN) prometeu que iria fazer um esclarecimento sobre o aumento do valor da passagem de ônibus no município. Garantiu na ocasião que é totalmente contra esse reajuste. Disse ainda que, em relação ao aumento anunciado pelo governo, esclarece que o Legislativo não dispõe de qualquer meio legal, através da Lei Orgânica ou outro mecanismo, que permita interferir neste primeiro momento. E como prometeu, ontem à tarde, ele se reuniu com o diretor presidente da Superintendência de Serviços Rodoviários (Suser), Wellington Nascimento Silva e representantes de Associações de Moradores.
Dinho explicou que sua finalidade ao se reunir com o representante da Suser foi conhecer e indagar sobre quais critérios foram adotados para o aumento da passagem de R$ 3,30 para R$ 3,80. Contou também que, na oportunidade, além dos questionamentos dos parlamentares, ele fez questão de dar voz a todos os presentes no encontro, que puderam escrever suas perguntas para que fossem respondidas pelo representante da Suser e os técnicos Reinaldo Ramos e Fábio Gonçalves. Eles foram os responsáveis pelo Cálculo Tarifário, gerando esse acréscimo na passagem, que provocou nos cidadãos de Volta Redonda várias dúvidas. “Depois que fui procurado por muitos usuários do transporte público, convidei logo o representante para juntos entenderem e explicarem ao povo o que gerou esse aumento”, contou Dinho que coordenou a reunião no Salão Nobre da Câmara.
Segundo o parlamentar, o reajuste da tarifa de ônibus é uma ação própria do Poder Executivo, através de análise técnica de planilhas de custos elaboradas pelas empresas de ônibus. Lembrou que, é constitucional o papel do Poder Legislativo fiscalizar as ações do Executivo e, para tanto, fez alguns questionamentos, sendo certo que, receberia ontem, como aconteceu, o representante da Suser e sua equipe de técnicos. “Foi uma grande oportunidade para que todos conhecerem a matemática da coisa. Fato é que os empresários solicitaram aumento para R$ 4,13 e necessitamos de documentos, planilhas de custos e relatório técnico da Suser, para instruir qualquer procedimento jurídico. Determinei a Consultoria Jurídica da Câmara de Volta Redonda que acompanhasse a reunião e recebesse, juntamente comigo, os documentos pertinentes ao caso. Agora teremos noção real do que foi feito e estaremos munidos para uma possível ação judicial. Para quem me conhece e sabe do meu trabalho, sabe que prezo pela transparência, não compactuo com coisas erradas e não me esquivo de minhas responsabilidades. Estarei sempre à disposição”, finalizou.
