COSTA VERDE/RIO
Tem inicio nesta quarta-feira, dia 1, a 16ª edição do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2025), que acontecerá no auditório da Eletronuclear, no centro do Rio de Janeiro (Rua da Candelária, 65, 3º andar). Participam do evento executivos de empresas públicas e privadas do ramo nuclear, governo, técnicos, pesquisadores, universidades e representantes da cadeia produtiva do setor. A programação do evento, que acontece em dois dias, está disponível em https://www.sienbrasil.com.br/programa%C3%A7%C3%A3o.
Representantes de diversas autoridades e players da indústria nuclear estarão reunidos para debater questões relativas ao setor. O evento, que contará com palestras, painéis e mesas redondas, será realizado em formato híbrido, e espera receber mais de 1000 pessoas ao longo dos dois dias. Junto do Sien, será realizado o 8º Encontro de Comunicação do Setor Nuclear (Encom).
Para 2025, o foco da discussão do Sien reside na importância da energia nuclear dentro do contexto de crise climática, especialmente no ano em que o Brasil receberá a COP 30, cúpula climática, no Pará. Os painéis e mesas buscam demonstrar novamente a qualidade e variedade de aplicações que o nuclear apresenta, indo desde o agronegócio até as áreas de pesquisa e defesa. Além disso, o evento revisitará discussões como a retomada das obras de Angra 3 e outros projetos importantes para o desenvolvimento do setor, além de aspectos ligados à política nuclear brasileira e a comunicação, ferramenta estratégica para sensibilizar a sociedade sobre os benefícios da tecnologia nuclear.
A abertura contará com a presença de Ivan Dybov, presidente da Rosatom América Latina, e do diretor-presidente interino da Eletronuclear, Sinval Zaidan Gama. Quem também vai representar a empresa em outras palestras será o chefe da Coordenação de Segurança e Supervisão Independente (CS.DE), Marcelo Gomes – em mesa que também estará o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha – e o chefe de gabinete da presidência, André Luis Rodrigues Osório, que estará ao lado de Júlio Lopes, Deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar do Setor Nuclear.
Na visão do Assessor da Diretoria da Amazul, Leonam Guimarães, ex-Presidente da Eletronuclear que também estará nesse debate, o Governo já está buscando um novo modelo regulatório para viabilizar parcerias e investimentos privados futuros no setor nuclear. “A iniciativa, que começou pela Industrias Nucleares Brasileiras (INB), visa a atrair investimentos, fortalecer a segurança jurídica e impulsionar a produção nacional de urânio, com o objetivo principal de suprir a demanda interna e expandir a atuação da INB no mercado nacional e internacional. Para ele, a entrada de empresas privadas no programa nuclear brasileiro e na conclusão de Angra 3 pode trazer novos investimentos, tecnologia avançada e expertise para Angra 3, além de melhorar a eficiência e segurança dos projetos e ter um impacto econômico positivo para o país”.
