RESENDE
Preocupado com episódios de violência na cidade o vereador Cláudio Oliveira de Araújo, o De Araújo (MDB) participou de um encontro cm a Polícia Militar para buscar alternativas para a situação. Ele se reuniu com o comandante do 37º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Rhonalth Bueno Pereira, onde falou da explosão da violência em bairros, especialmente no Surubi, Santo Amaro e Vicentina.
O vereador é policial militar há 28 anos e disse que conhece de perto a realidade da segurança pública de Resende e do estado. “O projeto das unidades de polícia pacificadora (UPP) era excelente na sua concepção, porém, com o passar do tempo, vieram à tona diversos escândalos de corrupção promovidos pelos governantes. Essa corrupção desenfreada misturada à má gestão, especialmente do ex-governador Sergio Cabral, teve como consequência essa onda enorme de violência que assola o estado”, apontou De Araújo.
Segundo ele, toque de recolher para os moradores está acontecendo nos bairros Surubi, Santo Amaro e Vicentina. O comandante se comprometeu com o vereador a discutir os problemas enfrentados por Resende com a cúpula da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
De Araújo disse que sempre que o estado falha em suas atribuições, especialmente nas regiões mais carentes, as facções criminosas assumem o papel de prover o que as pessoas mais precisam. “Não adianta pensar que só ações repressivas da PM vão atenuar o problema da violência. Essa é uma questão muito mais ampla e envolve uma série de ações sociais que precisam ser realizadas na forma de políticas públicas, de modo a oferecer condições decentes de vida aos moradores, tais como saneamento básico, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros”, destacou, completando que é necessário pensar a questão da segurança pública como um todo, inclusive com ações preventivas, e não apenas repressivas.
A melhoria das condições de trabalho do policial também foi mencionada pelo vereador. De acordo com ele, é desumano o que acontecem com os profissionais. “O governo joga o policial militar dentro de uma UPP sem a mínima infraestrutura, colocando o agente em constante perigo”, destacou, lembrando que no ano passado morreram 134 policiais em todo o estado e, neste ano, até o momento 58.