VASSOURAS
Foi condenado a 30 anos de prisão o policial militar Janitom Celso Rosa Amorim, de 43 anos, pelo assassinato da então namorada Mayara Pereira de Oliveira, 31 anos, depois de mantê-la refém dentro de um carro no estacionamento do Centro Universitário de Valença (UniFAA), no ano de 2020. A condenação foi na noite de quarta-feira, 12, no 3º Tribunal do Juri do Rio, com votação de sete jurados. O tribunal aconteceu no dia em que Mayara completaria 36 anos de idade. O policial estava preso desde o dia do crime, 27 de novembro de 2020. O caso ainda cabe recurso.
Mayara era dentista e cursava uma pós-graduação na faculdade. No dia do crime ela estava no carro com o policial que era seu namorado. Os seguranças perceberam que ele estava armado e a Polícia Militar foi chamada, assim como a Civil. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi chamada do Rio de Janeiro para participar da tentativa de negociação. Foram duas horas e meia até a dentista ser baleada na boca. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu após ter quatro paradas cardíacas. Mayara deixou um filho de seis anos, na época.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) demonstrou que o crime foi motivado por um ciúme doentio e pelo desejo de controle absoluto sobre a vítima. Nos autos, constam provas de que o condenado monitorava a vida de Mayara, tendo instalado câmeras em seu consultório odontológico e exigido que ela excluísse suas redes sociais. Também foi comprovado que ele fiscalizava constantemente a agenda de atendimentos da namorada, aumentando sua obsessão quando havia pacientes do sexo masculino.
Segundo a defesa do PM, ele estaria sob forte emoção e não queria perder a namorada. O Ministério Público solicitou a perda do cargo do homem da corporação e foi atendido. Ele atuava no 37º Batalhão de Polícia Militar em Itatiaia.