VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), iniciou nessa terça-feira, dia 26, a terceira edição do Afrocentre-se. O objetivo do projeto é mostrar as diversas possibilidades que uma pessoa preta pode ter através da melhoria da autoestima e da valorização da ancestralidade, do conhecimento comunitário e contra o preconceito estrutural. O Afrocentre-se é destinado à comunidade e aos interessados nos temas que serão debatidos.
Com uma programação variada, o projeto vai até esta quinta-feira, 28. As atividades serão realizadas na sede do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro São Sebastião. Segundo a coordenadora da unidade, Carmen Lúcia Marcolino, nessa edição os trabalhos têm o objetivo de estimular a comunidade negra a superar as barreiras impostas pelo racismo estrutural, que acaba os afastando do mercado de trabalho formal.
“Durantes esses dias vamos mostrar que eles podem se tornar um trabalhador formal e serem donos de seu próprio negócio. Assim, poderão desenvolver atividades dentro da sua própria comunidade, fomentando a diversidade, proporcionando o empoderamento e contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais. Com essa proposta buscamos também motivar o público jovem a se ver como sujeito em todos os espaços onde podemos e devemos estar, para que busquem cada vez mais se qualificar, se desafiar em novas profissões e acreditar que é possível cursar uma universidade”, ressaltou a coordenadora.
Entre as atrações do primeiro dia está a roda de conversa com a estudante de jornalismo e fotógrafa Clara Preta, que vai abordar o tema “O olhar para novos horizontes me fez chegar até aqui”, e com o Grupo Viver a Vida, do Serviço de Convivência de Fortalecimento de Vínculos do bairro, além de trancistas a serviço da comunidade.
Nesta quarta-feira, 27, acontece um workshop com a empresária na área da confeitaria Letícia Silvério, que abordará o tema “Como lucrar na área da confeitaria trabalhando em casa – brigadeiros que vendem muito”. Será um momento para os participantes conhecerem os caminhos para empreender, além de receber dicas para melhorar seu produto.
No último dia do projeto os participantes contarão com uma roda de conversa com a ativista política e cultural e mestre em cozinha afrocentrada Patrícia Freitas, que tratará do tema “Questões raciais e letramento racial”.
O Cras São Sebastião vai abrigar, ainda, uma exposição de trabalhos dos alunos da Escola Municipal Professor Paulo Freire com peças, panelas de ferro e de barro, fogão a lenha, pilão e ferro de passar, mostrando um pouco do que foi entregue pelos ancestrais, além de fotos dos ídolos da cultura afro-brasileira.