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Petroleiros da região seguem em greve por tempo indeterminado

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/ESTADO

Foi noticiado nesta quinta-feira pela imprensa nacional que os petroleiros que trabalham em turnos nas refinarias, plataformas e terminais estariam voltando gradativamente ao trabalho atendendo a orientação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), suspendendo a paralisação de 72 horas que tinha sido iniciada na quarta. Procurado pelo A VOZ DA CIDADE, um dos diretores do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Sérgio Paes, explicou que a categoria de petroleiros se divide em duas federações: a FUP que congrega dois sindicatos e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que tem outros cinco sindicatos. Os da FNP seguem em greve por tempo indeterminado.

Na região existem cerca de 120 funcionários dos terminais da Petrobras em Volta Redonda (Tevol) e Angra dos Reis (Tebig) em greve que fazem parte da FNP. Sérgio Paes, que é da Tebig em Angra dos Reis, disse que a greve não afeta o abastecimento em postos de gasolina. Segundo ele, a produção está mantida, parando boa parte do setor administrativo e o turno. “A nossa greve não é pelo corte da produção, mas sim pela sua retomada. O que está acontecendo é que as refinarias do Brasil têm capacidade de produzir todo o combustível para atender a demanda atual, porém, a política do atual governo e da administração da Petrobras está reduzindo essa capacidade de produção e importando de fora o que exportamos a preço de banana. E isso volta a preço de ouro. É isso que faz com que aconteçam aumentos da gasolina, do diesel, por exemplo”, explicou.


De acordo com Sérgio Paes, existe ainda a questão das vendas dos campos de pré-sal. “Foi anunciada a venda de quatro refinarias, 12 terminais e duas fábricas de fertilizantes. Queremos uma manutenção de uma Petrobras que atenda aos anseios do povo brasileiro. Ela tem papel social e não visa lucro. Já as multinacionais jamais terão esse compromisso”, esclareceu um dos diretores do Sindipetro.

Um dos pontos que será parado é a destinação de óleo, que será transformado em petróleo, para a China e outros países. “Isso temos a intenção de parar e bloquear as exportações. Lá fora do país o petróleo é refinado e volta ao Brasil como importação. Chega aqui de novo a preço de ouro, enquanto é vendido a preço de banana”, refirmou.

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