ANGRA DOS REIS
A partir da próxima sexta-feira, dia 8, a Eletronuclear irá realizar, a vigésima parada programada para reabastecimento do combustível de Angra 2. Os trabalhos serão realizados em 46 dias e, durante o período, a usina ficará desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN), sem gerar energia.
Estão planejadas cerca de 4.500 atividades durante a parada, que envolvem desde a inspeção, manutenção e substituição de equipamentos, até o recarregamento dos elementos combustíveis. Os trabalhos contarão com o apoio de aproximadamente 500 empregados da Eletronuclear e 1.200 contratados, incluindo 115 profissionais estrangeiros.
De acordo com o superintendente de Angra 2, Fabiano Portugal, o momento de parada de uma usina nuclear é um pré-requisito para um bom desempenho do ciclo seguinte. Além disso, o profissional considera positivo o período necessário, de 46 dias, para realizar as atividades, pois está abaixo da média das cerca de 140 usinas da Europa, que realizam o trabalho, em média, em 54 dias. “É um trabalho de grande responsabilidade. A parada exige um planejamento rigoroso e extremamente técnico, com atenção máxima de todos os envolvidos, direta ou indiretamente. Esse é o momento que aproveitamos para realizar todas as atividades necessárias para a usina se manter disponível 24 horas por dia, nos próximos 365 dias, com a potência máxima”, afirma.
Pré-parada
Apesar de a parada ser realizada oficialmente a partir do próximo mês, o corpo técnico da Eletronuclear iniciou o planejamento em dezembro de 2023 e, desde então, está envolvido em diversas tarefas preparatórias. Além da montagem da estrutura para receber toda equipe, os trabalhos começaram com a manutenção do transformador auxiliar e a revisão da bomba de injeção de segurança.
Chegada dos elementos combustíveis
Em outubro, a companhia recebeu na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) o último carregamento dos elementos combustíveis que serão utilizados em Angra 2. No total, sete comboios saíram da sede das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, em direção à CNAAA, escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com auxílio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). O translado foi acompanhado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Eletronuclear e INB.