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Romeiros de Barra Mansa descrevem experiência da peregrinação até a Basílica de Aparecida

Em uma caminhada repleta de fé, eles enfrentaram mais de 130 quilômetro, a pé, para celebrar o Dia da Padroeira na cidade paulista

Por Roze Martins
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BARRA MANSA

Há quase uma semana, grupos de romeiros saíram em peregrinação ate à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), para comemorar o Dia da Padroeira, celebrado no sábado, dia 12. Uma caminhada que teve início na quarta-feira, dia 9, que levou mais de 130 quilômetros pela Rodovia Presidente Dutra e contou com momentos de dificuldades, provações, superações e, acima de tudo, muita fé. Nesta segunda-feira, dia 14, alguns romeiros de Barra Mansa que encararam esse desafio em mais um ano, ou pela primeira vez, contaram ao A VOZ DA CIDADE sobre essa experiência.

Os amigos, Marcelo Rodrigues de Oliveira, de 44 anos, que é policial militar e professor de Educação Física, e o vendedor Luciano Rodrigues, de 48, fazem parte do mesmo grupo que saiu daqui na madrugada do dia 9. Os dois foram pela segunda vez e conforme recorda o policial, a primeira delas foi para pagar a promessa pela conquista da casa própria.

“Eu fiz a promessa que quando eu estivesse morando dentro da minha casa eu ia peregrinar até a Basílica, a pé”, disse ele, ao ressaltar que somente quem faz a peregrinação consegue sentir sensação de passar quatro dias às margens da Rodovia Presidente Dutra, uma das mais movimentadas do país.

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“A sensação é difícil de explicar, às vezes na caminhada há momentos de reza, orações e conversamos realmente com Deus, por intermédio de Nossa Senhora. Quando você faz a curva e consegue enxergar a Basílica e vê que tudo é possível quando você tem fé, quando você acredita, é gratificante. É possível ver uma transformação no meio do caminho, a cada ano a gente se torna um ser melhor, faz uma reflexão interna dos erros, das falhas. Somos seres humanos, cometemos falhas diárias e você faz aquela reflexão e repensa tudo que você fez e a cada dia com certeza você vai se tornando uma pessoa melhor nesse caminho”, disse Marcelo.

Também indo pela segunda vez, o vendedor Luciano disse que neste ano procurou fazer um treinamento físico para encarar a caminhada e sofrer menos do que no ano passado, quando aceitou o convite para a peregrinação de última hora. Segundo ele, no entanto, todo esforço é recompensado com a emoção de chegar até o destino e ver todos se abraçando.

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“Quando eu chego lá, eu não consigo me conter de tanta emoção que eu fico, de ver tantas pessoas com o mesmo objetivo. A cada ano que passa, eu me sinto um pai de família melhor, um esposo melhor, um amigo melhor. Você quer ajudar as pessoas, você vê pessoas que não têm condições nenhuma de fazer aquilo ali, de fazer aquela caminhada, e você tá fazendo. Aí você olha pra sua vida e vê que tem pessoas que precisam mais do que você e você tá ali fazendo junto com aquela pessoa. Então, eu tenho certeza que a cada ano que passa eu estou me sentindo uma pessoa bem melhor”, disse.


Primeira experiência na peregrinação

A jornalista Flávia Resende, de 42 anos, fez o trajeto até a Basílica de Aparecida a pé pela primeira vez para pagar uma promessa pela recuperação da saúde do sobrinho, que nasceu com hidrocefalia, mas contou que esse era um desejo que já alimentava há bastante tempo.

“Eu fui para agradecer a Nossa Senhora Aparecida por essa bênção que ela nos concedeu de o Caio ter saído do hospital com saúde. Há 12 anos eu vou, no dia 12 de outubro, de carro para assistir à Missa Solene de 9 horas da manhã, mas esse ano foi a primeira vez que eu fui a pé aí foram cinco dias de caminhada, na qual enfrentamos vários desafios como a questão de andar na contramão dos veículos, de ver os ônibus, os carros, os caminhões vindo na nossa frente. Tem que prestar atenção o tempo inteiro, porque é muito movimento. Pra mim foi desafiador, além do percurso longo, também essa questão da segurança”, disse Flávia, ao apontar o trecho da serra entre as cidades de Queluz e Cachoeira Paulista como os mais difíceis em função das subidas.

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Sobre ter se preparado, ela contou que conseguiu a vaga para o grupo, fez caminhadas todos os dias e percursos mais longos aos finais de semana. Orgulhosa por não ter desistido e nem ter precisa do carro de apoio, a jornalista afirma que encontrou forças na fé e no desejo de agradecer pela benção recebida.

“A gente vai conversando com as pessoas e vai percebendo que o nosso problema fica insignificante e aí você passa a não pensar no problema, e principalmente a agradecer o que você tem. Eu encontrei com um senhor que saiu de Itaboraí, estava caminhando a pé até para agradecer pela vida dele, que ele passou por um assalto e sobreviveu. Então, passa a ser uma jornada de agradecimento mesmo pelas bênçãos e pela vida. Eu aprendi que a gente pode batalhar se tem objetivo, né, a gente tem que se esforçar para cumprir e saio dessa romaria com a certeza que a gente tem que viver o agora e tem que agradecer muito pelo que a gente tem, pela nossa vida, pela nossa saúde, porque realmente tem pessoas que passam por muito mais provações do que a gente, então é sempre agradecer e estar vivendo o agora”, destacou.

A confeiteira Vânia Gabriel da Silva Teixeira, de 62 anos, fez a peregrinação pela quarta vez e disse que, embora tenha pensado em desistir, no primeiro dia, já está pensando na romaria do próximo ano. Assim como muitos romeiros, ela optou pelo apoio de uma bengala, que conforme disse foi fundamental para enfrentar o trecho de serra, considerado o mais desafiador pelos romeiros.

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“Fui com a bengala, que foi importante principalmente na serra, que é muito pesada. O cansaço é desafiador, os pés doem, mas a gente consegue. É só pedir ajuda para Nossa Senhora. Teve momento no primeiro dia que pensei em desistir de Resende a Queluz, mas eu consegui e tudo valeu a pena.  A sensação quando a gente chega é de chorar e agradecer, as pessoas vêm nos receber e a gente nem consegue pensar. E rezar e agradecer a Deus por tudo, pedindo intercessão por nós e pela família”, enfatizou.

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