NOVA IORQUE
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, anunciou que António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi declarado “persona non grata” e está proibido de entrar em Israel. Katz afirmou que Guterres será lembrado como “uma mancha na história da ONU”.
Segundo o ministro, o secretário-geral falhou em condenar de forma clara o recente ataque do Irã a Israel, o que, segundo ele, desqualifica Guterres de pisar em território israelense.
Katz também criticou o fato de Guterres não ter denunciado o massacre e as atrocidades sexuais cometidas por militantes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023.
Nas redes sociais, Katz acusou o secretário-geral de apoiar grupos terroristas, incluindo Hamas, Hezbollah, Houthis, e o Irã, que chamou de “nave-mãe do terror global”. Apesar das críticas a Guterres, o ministro ressaltou que Israel continuará defendendo seus cidadãos e sua dignidade nacional.
Condenações e contexto
Após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Guterres havia condenado os atos de terror, afirmando que “nada pode justificar o assassinato, ferimento e sequestro deliberados de civis”. Ele também exigiu a libertação imediata dos reféns. No entanto, em seu discurso, Guterres destacou que os ataques do Hamas não ocorreram em um “vácuo”, referindo-se aos 56 anos de ocupação israelense dos territórios palestinos e à difícil situação do povo palestino.
Em setembro, os membros da ONU haviam aprovado uma moção não vinculativa, apelando para que Israel pusesse fim à ocupação dos territórios palestinos na Cisjordânia, que já dura quase seis décadas.
*Luciano R. Pançardes – Editor-chefe