Agências avaliam impacto da guerra na Faixa de Gaza após 11 meses de confrontos

Por Andre
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NOVA IORQUE

Onze meses após o início do conflito na Faixa de Gaza, agências humanitárias destacaram os desafios que enfrentam no local. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) informou que 2,2 milhões de palestinos continuam sem acesso a alimentos e ajuda básica urgente.

Ordens de evacuação dificultam ações

Apesar dos esforços para entregar ajuda, o PMA ressaltou que as ordens de evacuação prejudicam o trabalho e as necessidades da população continuam a crescer. A situação é agravada pelo fato de que cerca de 630 mil estudantes de Gaza não puderam voltar às aulas devido aos combates.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou que, entre esses estudantes, estão 45 mil crianças de seis anos que não conseguiram iniciar o primeiro ano escolar. Muitas dessas crianças estão deslocadas e lutam diariamente pela sobrevivência. O conflito continua impactando fortemente alunos, professores e escolas.

Estima-se que 40.972 pessoas tenham morrido e 94.761 tenham ficado feridas no conflito em Gaza. Em Israel, pelo menos 1.139 pessoas morreram em ataques do Hamas em 7 de outubro. Mais de 200 israelenses e estrangeiros foram feitos reféns.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu prioridade para o fim da guerra e alertou contra a possibilidade de um conflito regional. Ele destacou que quase 1,9 milhão de palestinos foram deslocados à força. Turk também mencionou que 101 reféns israelenses continuam em Gaza e que o número de vítimas pode ser maior do que o informado. Cerca de 10 mil palestinos estão presos em Israel ou em instalações militares temporárias.

Detenções arbitrárias resultaram na morte de mais de 50 pessoas devido a condições desumanas e maus-tratos. Na Cisjordânia, operações violentas e destrutivas estão ocorrendo em uma escala inédita nas últimas duas décadas.

Turk enfatizou a necessidade de lidar com a ilegalidade em todo o Território Palestino, citando políticas de Israel condenadas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em uma opinião consultiva emitida em julho. Ele ressaltou que os Estados devem seguir o direito internacional e as decisões do Conselho de Segurança da ONU e da CIJ.

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (Unrwa) informou que, apesar das dificuldades, equipes médicas continuam a fornecer vacinas contra a poliomielite. Ao mesmo tempo, sua equipe de saúde mental oferece atividades recreativas e jogos para ajudar as crianças a lidar com o estresse. A última fase da campanha de vacinação contra a poliomielite deve alcançar cerca de 150 mil crianças no norte de Gaza.

* Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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