BARRA MANSA
O número de incêndios em vegetação em Barra Mansa tem sido alto em 2024, com o Corpo de Bombeiros registrando 163 ocorrências apenas este ano. Um exemplo foi o incêndio que ocorreu na madrugada desta sexta-feira, 9 de agosto, no bairro Santa Rosa. O fogo, que começou por volta das 23 horas da noite anterior, foi controlado apenas pela manhã, após horas de trabalho intenso da equipe do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros.
Este não foi um caso isolado. Apenas nos últimos três meses, os bombeiros responderam a 122 chamados de incêndios em vegetação: 39 em maio, 38 em junho e 45 em julho. Incêndios como o de Santa Rosa são exacerbados por fatores como a baixa umidade do ar, falta de chuvas, guimbas de cigarro descartadas de forma imprudente, e a prática ainda comum de queimar lixo sem considerar as consequências.
Moradores locais, como o fotógrafo Felipe Vieira, sentiram o impacto direto. Felipe acordou às 3 horas, alertado por vizinhos de que as chamas estavam perigosamente próximas de seu carro, estacionado na rua. “Eu fui ao carro por volta da meia noite, para pegar uma coisa, e vi que o fogo estava bem forte. Entrei, fui dormir e de madrugada tive que tirar o carro correndo, porque as chamas estão muito perto e o risco de atingir o carro era muito grande. Infelizmente, em Barra Mansa, muitas pessoas ainda têm a cultura de atear fogo em vegetação sem pensar nas consequências”, disse.
O Corpo de Bombeiros alerta que, além dos riscos imediatos, incêndios florestais comprometem o meio ambiente a longo prazo. O solo queima, perde a vegetação e fica mais vulnerável a problemas futuros, como deslizamentos de terra durante a temporada de chuvas. A conscientização da população sobre os perigos de provocar incêndios é crucial para prevenir esses desastres.