VOLTA REDONDA
O Memorial Zumbi, em Volta Redonda, está completando 34 anos neste sábado, dia 1º de junho. Para celebrar a data, a coordenação do espaço cultural, juntamente com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC), está preparando uma programação especial de aniversário que terá início nesta segunda-feira, dia 3, às 19 horas, com a abertura da exposição “Memórias do Memorial”, que contará a história de resistência e luta do povo negro de Volta Redonda. A mostra irá permanecer no local até o próximo dia 28, com entrada gratuita
A coordenadora do Memorial Zumbi, Renata Ferreira, destaca que a exposição também faz parte da 8ª Semana Nacional de Arquivos, promovido pelo Ministério da Cultura, por meio do Arquivo Nacional, em comemoração ao Dia Internacional dos Arquivos, 9 de junho. “A abertura oficial do evento contará também com apresentações do Jongo de Volta e do Coral Municipal. Estamos conseguindo trazer um material muito bacana, que conta parte destes 34 anos do Memorial Zumbi e da história de resistência e luta do povo negro de Volta Redonda, da cultura preta da cidade”, destacou a coordenadora.
ALIANDO EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E CULTURA
Chegando ao seu 34º aniversário, o Memorial Zumbi se tornou um espaço muito importante para a comunidade negra de Volta Redonda. Segundo a coordenadora do Memorial Zumbi, Renata Ferreira, o espaço hoje é um símbolo de um lugar de acolhimento a várias questões vividas pela comunidade negra e não negra também e que percebeu a importância de se aliar à educação. Exemplo disso é o Tour Afro Pedagógico, projeto iniciado em 2023 e que leva grupos e alunos das escolas das redes públicas e particular para conhecer um pouco da história da população negra e da cultura afro-brasileira, e que será uma das atividades preparadas para celebrar os 34 anos do Memorial Zumbi. “A educação antirracista juntamente com a cultura hackeia o sistema. E o Memorial Zumbi é onde os mais vulneráveis e as pessoas que hoje entendem a importância daquele lugar podem estar. Então, o Memorial Zumbi tem uma importância gigantesca para a história e para a formação de Volta Redonda”, ressaltou.
Ainda falando sobre outros projetos que são realizados no Memorial Zumbi, Renata cita o Cine Zumbi, que usa o audiovisual como ferramenta também para apresentar histórias da comunidade negra, e as oficinas de dança afro e capoeira, e a presença do Jongo de Volta que estão ocupando o espaço. “Espero que os próximos anos sejam de muita prosperidade para o Memorial Zumbi e para as pessoas que lá passem. Que o espaço se torne cada vez mais um símbolo de acolhimento a todos, sempre priorizando a educação para construirmos um futuro melhor”, concluiu