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Moradores denunciam imóvel abandonado no Retiro que seria foco da dengue e animais peçonhentos

Por Roze Martins
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VOLTA REDONDA

Moradores vizinhos a um terreno, onde também há um imóvel abandonado,  localizado na Rua Valdir Sobreira Pires, no bairro Retiro, em Volta Redonda, estão preocupados com as condições do local que, segundo eles, estaria sendo foco do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, e de animais peçonhentos como ratos, lacraias, entre outros. Eles relatam que diversas queixas já foram feitas junto aos responsáveis e, agora, cobram da prefeitura que seja tomada alguma providência e que os órgãos responsáveis façam a fiscalização no local.

Em meio a uma epidemia de dengue, em todo o país, os moradores destacam que o imóvel e os entulhos abandonados no terreno vêm contribuindo para o surgimento de focos da dengue porque as telhas estão quebradas e, em dias de chuva, facilitam o acúmulo de água parada. Diversos moradores no entorno já testaram positivo para a doença neste ano, alguns até mais de uma vez, conforme detalha a autônoma Rúbia de Souza, de 38 anos. “Teve um tio que pegou dengue três vezes neste ano. Mas, além dele, também tiveram a doença a minha mãe, tia, primos, a minha prima, o marido dela e a filha pequena. O problema é que a dona do terreno morreu e está tudo abandonado. A gente fala com o pessoal da família dela sobre a água parada, no tanque, dentro de casa, mas eles não gostam e não aceitam. Lá também tem muito rato, eles chegam a fazer caminho, sobem o muro e ficam passeando de um lado para o outro. Tem quer ser cobrado dos responsáveis que façam alguma coisa, pois essa situação está prejudicando a todos”, reclamou.

A chef de cozinha, Manira Bullos, de 40 anos, também se queixa dos transtornos provocados pelo abandono no terreno. Na última terça-feira, dia 30, a filha dela, uma bebê de apenas oito meses, ainda se recuperava dos sintomas da dengue que, segundo ela, foi provocada devido aos focos do mosquito. Além da filha, o esposo também ficou doente assim como seus vizinhos. “Os donos do terreno não têm condições financeiras de contratar uma caçamba ou caminhão para recolher esses entulhos. Então, eu acho que o ideal seria a prefeitura tomar alguma providência antes que alguém fique doente novamente ou tenha a forma grave da dengue. A gente vive a base de repelentes, inseticida na tomada, em spray e, ainda assim, conseguimos identificar os mosquitos da dengue rondando. Agora só deu uma trégua porque não tem chovido nos últimos dias”, disse Manira.


A chef ainda apontou outros problemas como a presença de ratos, lacraias e escorpiões, que também colocam em risco à saúde dos moradores. De acordo com ela, o fato de o terreno ter um portão sem tranca, possibilita a entrada de usuários de drogas, causando insegurança aos vizinhos, principalmente no período da noite. “Alguma providência precisa ser tomada porque realmente as condições do terreno está prejudicando a toda vizinhança”, acrescentou.

A promotora de vendas, Ketlin Cristine de Souza Silva, de 32 anos, é outra moradora vizinha que reclama das condições do terreno. Isso porque, segundo ela, a filha de apenas nove anos teve dengue duas vezes nesse ano.

“Aqui na minha família eu tive, meu esposo e a minha a filha ficou doente duas vezes. Da última ela ficou muito mal e, agora, eu vivo comprando repelente para prevenir. Aqui estamos cuidando para não ter foco, mas não adianta porque esse terreno é foco de criadouro, fora os ratos que ficam andando pelos muros, vindo de lá”, ressaltou a promotora.

Por meio de nota, enviada pela assessoria de comunicação, a Prefeitura de Volta Redonda informou que os órgãos competentes irão cobrar os responsáveis e verificar as providências possíveis a serem tomadas.

 

 

 

 

 

 

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