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Alunas do projeto ‘Mulheres Mãos à Obra’ participam de workshop da construção civil em Volta Redonda

Por Franciele Aleixo
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VOLTA REDONDA

As alunas inscritas no projeto “Mulheres Mãos à Obra”, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda, participaram na última semana do Workshop da Construção Civil. Elas, que estudam nos cursos básicos da construção civil, no Centro de Qualificação Profissional (CQP) Aristides de Souza Moreira, bairro Aero Clube, receberam mais conhecimentos sobre a aplicação e técnicas modernas para o uso na profissão. A secretária municipal Glória Amorim participou do encontro na parte da manhã, com as alunas, profissionais da empresa que ministrou o workshop e o grupo de professores.

O evento em que essas técnicas, habilidades práticas e saberes são demonstrados e aplicados tem como objetivo aprofundar conhecimentos, trocar experiências, orientando as alunas como tirar o melhor rendimento dos produtos mais modernos que chegaram ao mercado da construção civil.

A empresa, com sede no Rio de Janeiro, bancou os custos da apresentação e trouxe uma equipe de 12 pessoas, sob a liderança da supervisora comercial Thays Antunes. Ela falou da importância da parceria para a empresa em retomar a visibilidade enquanto marcas na região, ficando mais próxima do mercado regional, além de contribuir com a melhor formação das mulheres na área da construção civil, com a oferta de mais conhecimentos e dinamismo dentro da futura profissão, principalmente com ferramentas novas, produtos e aplicabilidade dos mesmos pelas alunas do projeto.

“Esta é a segunda edição dos circuitos que estamos trazendo a Volta Redonda, para as futuras profissionais, através de uma parceria com a Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), o CQP e a secretaria da Mulher e Direitos Humanos. Viemos demonstrar o conhecimento e a tecnologia daquilo que há de mais novo no mercado para elas fazerem a escolha no momento da realização das obras, quando profissionais. São produtos que elas vão replicar no mercado da maneira correta, com maior desempenho profissional e sabendo tirar o melhor dos produtos”, disse Thays, acrescentando:

“A gente sabe que algumas já saíram contratadas e tiveram acesso a essas informações e aplicações na primeira edição do workshop. Queremos fazer uma terceira edição para o mês de setembro, trazendo esses conhecimentos”, informou a supervisora.

As participantes do projeto elogiaram o workshop. Silvânia Maria Modesto, que cursa Pintura Predial, disse: “Mais aprendizado para nós, alunas, muito interessante. Vai facilitar o nosso trabalho”.

Lorraine Délia, 23, também aprovou: “Muito importante a técnica para colocar o piso na direção certa. Senão entra o ar e atrapalha todo o serviço realizado. Estou fazendo curso de Pedreira de Alvenaria Predial, seguindo o exemplo do meu pai que foi pedreiro. Quero trabalhar na profissão”.

Importância do projeto é destacada


O diretor do CQP, Eiji Yamashita, afirmou que o importante é ampliar o acesso ao conhecimento para as alunas com as novas tecnologias e produtos que já estão no mercado. “Para um desempenho melhor e maior qualidade na execução dos serviços”.

Anderson Couto, que representou o presidente da Fevre (Caio Teixeira) no workshop, destacou os benefícios da parceria: “As profissionais com mais conhecimento terão mais oportunidades no mercado”.

A assessora técnica Kátia Theobaldo (Políticas para Mulheres) da SMDH comentou: “Aproveitem ao máximo, quanto maior o conhecimento, maiores oportunidades lá fora”, frisou.

O professor José Alberto de Almeida Carvalho (que dá aula no curso básico de Pedreira de Acabamento e Revestimento) citou que as alunas, por exemplo, além do teórico e da aplicação dos produtos, receberam informações importantes:

“Hoje, em qualquer obra, tem que primeiro aplicar um impermeabilizante no terreno antes de começar a fundação, porque este vai proteger a obra pronta contra infiltrações de água. O custo é de 1% a 3% no máximo da obra. E caso não seja feito o procedimento, depois da obra pronta pode surgir a infiltração, e esse custo sobe para 15% a 20% do custo total, deixando a obra muito mais cara. Em vez de uma mulher ter que transportar um saco de 20 kg de cal, apenas com uma bisnaga de 100 ml resolve”, comparou o professor.

Cursos são gratuitos

Os cursos são gratuitos, os professores são contratados pela Fevre. A SMDH e os parceiros do projeto oferecem transporte, material didático, uniforme (blusas), lanche, cadernos e equipamento de proteção individual e certificação ao final.

Elas serão qualificadas após quatro meses em média de aulas, nos cursos básicos de Bombeira Hidráulica e Predial, Eletricista Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento Predial, Pedreira de Alvenaria Predial, Pintura Predial, Solda com Eletrodo Revestido, Corte Oxiacetilênico e Operadora de Esmerilhadeiras.

 

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