Morre em Barra Mansa ex-GM envolvido em morte de corretora no Rio; vítima foi assassinada na frente do filho

Por Mônica Vieira

BARRA MANSA

Morreu ontem, dia 19, na Santa Casa de Barra Mansa, em decorrência de um câncer, o ex-guarda municipal de Porto Real, Hamir Feitosa Todorovic, de 33 anos. Ele participou do assassinato da corretora de imóveis Karina Garofalo, de 44 anos, na Barra da Tijuca, crime este cometido na frente do filho dela de 11 anos, em 2018, e que Hamir foi condenado a 30 anos de prisão.

Devido a doença, ele estava cumprindo prisão domiciliar e estava internado na unidade médica. Segundo o Ministério Público, foi Hamir que monitorou os passos de Karina, que era natural de Volta Redonda, a mando do ex-marido dela, apontado como autor do crime.

O ex-GM foi condenado por homicídio triplamente qualificado, indo a júri popular no dia 1° de março de 2023. Até a publicação desta reportagem, não havia informações se os dois outros homens envolvidos no crime já foram condenados e julgados.

FOTO REPRODUÇÃO

O CASO

Karina Garofalo foi assassinada na Avenida Malibu, em frente ao Condomínio Sun Prime, na Barra da Tijuca, quando caminhava ao lado do seu filho. Ela, de Volta Redonda, era filha do empresário Pepe Garofalo, que foi dono da distribuidora de jornais da cidade do Aço. No Rio de Janeiro, onde estava morando, atuava como corretora de imóveis. Advogada, estudou direito no Centro Universitário de Barra Mansa (UBM).

Testemunhas disseram na ocasião do crime que um homem encapuzado saiu de um carro que ele mesmo dirigia e fez diversos disparos contra Karina, fugindo em seguida. A arma, de acordo com relatos, teria recurso de silenciador. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ainda na ocasião da morte, o crime foi classificado como execução e o veículo usado pelo assassino, encontrado abandonado.

Uma câmera de segurança gravou o momento do crime. Foram quatro tiros, no rosto e no braço.

Karina foi assassinada no dia 10 de agosto de 2018. Em setembro do mesmo ano, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Hamir, Pedro Paulo Barros (do Rio de Janeiro) e Paulo Mauricio Barros (comerciante em Resende). Resumiu que Paulo Mauricio, de forma livre, consciente,
voluntária e em perfeita comunhão de ações e desígnios com os demais denunciados,
“unidos pelo inequívoco propósito de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra a
vítima, ex-esposa do denunciado Pedro Paulo. O crime foi praticado por motivo torpe, consistente em
vingança abjeta arquitetada pelo denunciado Pedro Paulo, que travava com
Karina disputas judiciais que envolviam a divisão de bens e questões relacionadas à
prole do ex-casal, tendo o ódio nutrido por ele sido potencializado após
a vítima ficar noiva e passar a residir com o atual companheiro, pessoa de alto poder
aquisitivo”, disse em nota o MP na época.

SEM DEFESA DA VÍTIMA
“O crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa, uma vez que Karina foi atingida por Paulo Mauricio pelas costas, quando caminhava tranquilamente na companhia de seu filho, em local onde jamais poderia imaginar ser atacada. Envolveu violência doméstica e familiar e de domínio, haja vista que
o denunciado Pedro Paulo foi casado com vítima por cerca de 15 anos.

O denunciado Pedro Paulo, ainda segundo o MP, planejou e ordenou a execução do delito, determinando que Paulo Mauricio e Hamir fossem à cidade do Rio de Janeiro para tirar a vida de Karina, bem como
monitorou a rotina da vítima através de ligações telefônicas realizadas para o filho em
comum do casal.

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