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Alerj realiza entrega do Diploma Dom Waldyr Calheiros de Novaes

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
O Plenário da Câmara de Vereadores de Volta Redonda foi palco na noite de sexta-feira, 20, para a cerimônia de entrega do Diploma Dom Waldyr Calheiros de Novaes. De autoria do deputado estadual Jari Oliveira, a honraria visa  reconhecer pessoas com atuação de destaque em lutas sociais e na defesa de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Estiveram presentes na cerimônia e fizeram parte da Mesa Diretora do Legislativo o deputado Jari Oliveira; o Bispo Diocesano de Barra do Piraí – Volta Redonda, Dom Luiz Henrique; o Vigário-Geral, Monsenhor Alércio de Carvalho; o Vigário Episcopal para a Promoção da Pessoa Humana e Cuidado da Casa Comum, Padre Juarez Sampaio, o vereador Raone Ferreira; Irmã Ana Vicente Soares e Maria da Conceição dos Santos., além do vereador Jorginho Fuede.
Mais de 50 pessoas foram homenageadas com o diploma, dentre elas, os bispos Eméritos da Diocese, Dom João Maria Messi e Dom Francisco Biasin. Também receberam a comenda o Monsenhor Nobuo Sano; Padre Clésio Vieira; Padre Juarez Sampaio; Padre Matias Costa; Padre Flávio Luis Alves e o Padre Nilson Santos.
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE DOM WALDYR
O projeto marca o ano do centenário de nascimento de Dom Waldyr Calheiros, bispo ícone dos Direitos Humanos em Volta Redonda, no Estado e no Brasil. “Agradeço a Deus ter convivido e aprendido muito com Dom Waldyr. Também agradeço a generosidade do mandato do deputado Jari Oliveira por incluí-me na lista de pessoas homenageadas. Gratidão aos meus familiares, amigos e amigas pelos afetuosos aplausos e cumprimentos”, declarou o coordenador do Movimento Pela Ética na Política (MEP), José Maria da Silva, o Zezinho. “Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade, à Alerj, por meio do deputado Jari pela honraria na referência do amigo bispo Dom Waldyr. O admirável conselheiro. Ofereço o diploma a todas as pessoas que conviveram com Dom Waldyr, que aprenderam a ter fé e coragem para testemunhar e defender a vida”, completou Zezinho, um dos agraciados .
Segundo o deputado Jari, o Diploma está ligado às comemorações do centenário de Dom Waldyr. “A distinção visa a homenagear, no ‘Ano do Centenário de Dom Waldyr Calheiros Novaes’, as pessoas que estiveram com ele ou compartilhando das suas ações nas lutas sociais e em defesa dos mais vulneráveis no Estado do Rio de Janeiro”, comentou o parlamentar.
“Parabenizo o deputado Jari pela iniciativa do Diploma Dom Waldyr Calheiros de Novaes. Fazer a memória de nosso 5º Bispo Diocesano, reconhecendo todo o seu legado ao longo dos 33 anos de ministério episcopal em nossa Diocese, é um sinal de gratidão aos trabalhos desenvolvidos”, disse Dom Luiz Henrique.
O diploma leva o nome de Dom Waldyr Calheiros, que ficou conhecido pelo engajamento em lutas sociais, como o movimento dos posseiros, o movimento sindical e a luta contra a ditadura militar. Dom Waldyr foi Bispo Diocesano de Barra do Piraí – Volta Redonda, entre 1966 e 1999.
DEPUTADO JARI
“Estou muito feliz em estar aqui com as pessoas que ajudaram a mudar a história de nossa região. Eu costumo falar que sem Dom Waldyr Volta Redonda seria outra. Portanto, no Ano do Centenário do nosso amado Bispo, é com grande alegria que estou tendo a oportunidade de contribuir para manter viva a sua história e, ao mesmo tempo, prestar um reconhecimento público às pessoas que estiveram ombro a ombro com Dom Waldyr na luta por justiça social”, falou Jari para uma plateia emocionada. FALANDO PELOS HOMENAGEADOS
O Vigário Episcopal, para o vicariato de Promoção Humana e Cuidado da Casa Comum, Juarez Sampaio, falou pelos homenageados. Ele lembrou que Dom Waldyr não influenciou apenas os cristão católicos apostólicos romanos, mas também a juventude, metalúrgicos, médicos, políticos e despertou tantas vocações nos leigos.
“Incentivou que estudassem teologia, queria as pessoas preparadas para serem um sinal do evangelho no mundo. Dos padres, pedia uma igreja de serviços, defendendo a vida, a justiça e as causas de Deus. Seu legado não morre se continuarmos semeando as sementes que ele deixou. Pois herança é o que se deixa para as pessoas, mas o legado de Dom Waldyr ficou nas pessoas. Ele imprimiu em todos nós aqui o compromisso com a vida, com as pessoas e com o evangelho”, disse padre Juarez. Ainda falaram em nome dos 53 homenageados a irmã Ana Maria Vicente Soares, da Ordem Franciscana, que em 1997 foi convidada por Dom Waldyr para coordenar a Pastoral Carcerária. E assim iniciaram uma pastoral de denúncias das injustiças cometidas no cárcere, apoiando às famílias dos presos e denunciando todos os abusos e irregularidades. “O Bispo estava sempre presente, visitando o cárcere com os agentes. E como ele dizia: a fé é sinônimo da solidariedade”, lembrou. E Maria Conceição dos Santos, que teve uma participação importante na Comunidade Nossa Senhora das Graças de Volta Redonda, na Pastoral Social, e foi catequista no bairro Califórnia. Por esses trabalhos, tinha proximidade e amizade com Dom Waldyr, nas Comunidades Eclesiais, na Pastoral Operária e na Comissão de Direitos Humanos da Diocese de Barra do Piraí – Volta Redonda. “É com muita emoção que falo de Dom Waldyr e lembro seu compromisso pessoal com os pobres seus sofrimentos, necessidades e lutas”, disse. Também discursaram em homenagem a Dom Waldyr o monsenhor Alércio de Carvalho; o bispo da diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Luiz Henrique da Silva Brito; e os bispos eméritos Dom João Maria Messi e Dom Francesco Biasin. Representando a Câmara Municipal, estavam os vereadores Raoni Ferreira e Jorginho Fuede.
ENCERRAMENTO DA CERIMÔNIA
Após a entrega dos diplomas, Jari encerrou a cerimônia e pediu que Dom Luiz Henrique conduzisse a benção final. “Estou certo que diante da realidade atual do mundo, enfrentando guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, ditaduras que desrespeitam a dignidade humana, Dom Waldyr estaria entristecido. Por ser homem de paz, preocupado com o bem comum, com a justiça social, com o respeito à vida humana, pedimos sua interseção para que cesse a guerra, pois os que mais sofrem são idosos e crianças, e para que possamos viver na justiça e na fraternidade”, falou o bispo rezando o “Pai Nosso” junto com o público.


 

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