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Ajuda humanitária na fronteira entre Egito e Gaza aguarda autorização de entrada

Por Andre
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EGITO/NOVA IORQUE

Os trabalhadores humanitários seguem prontos para entregar ajuda na Faixa de Gaza. Segundo informações das agências de notícias, um acordo intermediado pelos Estados Unidos deve permitir que 20 comboios entrem no enclave pela fronteira com o Egito. Cerca de 3 mil toneladas de suprimentos estão aguardando a entrada do lado egípcio da passagem desde sábado, dia 14.

Na quarta-feira, dia 18, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu chegar a um acordo sobre uma resolução que teria pedido “pausas humanitárias” para a entrega da ajuda aos moradores da região.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, é esperado no Cairo nesta quinta-feira para continuar seus esforços diplomáticos.

Ele fez um apelo por um “cessar-fogo humanitário imediato” após um hospital ser bombardeado na terça-feira, dia 17. O episódio, de acordo com as informações das autoridades da Faixa de Gaza, matou 471 pessoas.

O escritório de coordenação humanitária da ONU, Ocha, afirmou que este foi o incidente mais mortal em Gaza desde o agravamento das hostilidades e que crianças, profissionais de saúde e pessoas deslocadas internamente estavam entre as vítimas fatais.

Vidas em perigo

Comentando a notícia de um acordo intermediado pelos EUA, o chefe da agência de saúde da ONU, Tedros Ghebreyesus, elogiou a liderança americana e o acordo de Israel para permitir a entrada de alimentos, água e ajuda médica pela passagem de Rafah.


Em uma reunião com o Conselho de Segurança na quarta-feira, o chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, enfatizou a necessidade de garantir a entrada de ajuda aos civis necessitados em toda a região, sem impedimentos, onde seja seguro e onde seja possível garantir segurança.

A população de Gaza enfrenta uma situação cada vez mais desastrosa, com um apagão completo de eletricidade desde 11 de outubro, aumento da insegurança alimentar e um sistema de saúde à beira do colapso.

De acordo com o Ocha, o consumo médio de água para todas as necessidades, incluindo beber, cozinhar e higiene pessoal, está estimado em apenas três litros por dia em Gaza.

O escritório da ONU também alertou que as pessoas consomem água de fontes inseguras, “correndo risco de morte e colocando a população em risco de surtos de doenças infecciosas”.

O Ocha relatou que cerca de um milhão de pessoas, ou quase metade da população total de Gaza, foram deslocadas desde o início do conflito.

Mais de 500 mil estão em abrigos de emergência designados como tal pela Agência da ONU para Refugiados Palestinos, Unrwa, enquanto os bombardeios israelenses no enclave continuam.

*- Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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