VOLTA REDONDA
A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), aconteceu as aulas inaugurais do Projeto “Mulheres Mãos à Obra”. O projeto ocorre em que é uma parceria da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) com a Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre).
Cerca de 213 mulheres, no total, estão matriculadas para os cursos da construção civil. Um ambiente que antes era ocupado na maioria por mão de obra masculina e coloca este projeto como pioneiro na região ao priorizar as mulheres.
A iniciativa qualifica moradoras da cidade do Aço, com idade acima de 18 anos em cursos profissionalizantes de construção civil: bombeira hidráulica predial; eletricista predial; pedreira de alvenaria predial; pedreira de acabamento e revestimento predial; pintura predial; e corte oxiacetilênico.
Os cursos que têm duração média de quatro meses acontecem em três turnos: no período da manhã (8 horas às 11h30min), tarde (13 horas às 16h30min) e à noite (18 horas às 21h30min) no Centro de Qualificação Profissional (CQP) Aristides Moreira, no bairro Aero Clube.
Além do material didático, necessário para as aulas práticas e teóricas, que são ofertadas as alunas têm direito a passagem no transporte público, uniforme, lanche e Equipamento Individual de Proteção (EPI).
Iniciativa pioneira
A secretária de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, desejou boa sorte as iniciantes e que não desistam diante das dificuldades. Glória mencionou que os cursos da construção civil são muito procurados pelas mulheres que buscam uma autonomia financeira e mais conhecimento para o mercado de trabalho. “Antes este ambiente era somente de homens e estamos mostrando a nossa capacidade. Nós começamos o projeto com 40 mulheres no bairro Roma, depois 80 inscritas, 120 e foram aumentando as vagas com o apoio do prefeito Antonio Francisco Neto, que abraçou essa luta das mulheres de Volta Redonda. Temos mulheres que fizeram os cursos sendo contratadas na prefeitura, nas empresas da cidade e fora do município. Desejo uma grande vitória para todas”, disse a secretária.
‘Exemplo para as colegas’
Elza Maria Corrêa, de 63 anos, moradora do bairro São Sebastião, já fez quatro cursos profissionalizantes e se inscreveu para mais um. Apesar de reclamar de dores constantes, e usar uma bengala de apoio para andar, não desiste: “Eu estive em São Paulo e remontei todo o salão da minha filha, com uma nova pintura. Por mais difícil que seja, nunca desistam. O que vocês aprenderem será para sempre”, disse em incentivo as colegas do projeto.
Outro exemplo é o de Rosângela de Souza da Silva, de 62 anos, do Santo Agostinho. Ela já fez o curso de Pedreira de Acabamento e Revestimento, e agora está fazendo o de bombeira hidráulica. “Os cursos são 100% e mais um pouco na qualidade. Eu fui chamada para o acabamento de um piso em Barra do Piraí. Os filhos da senhora que me contratou não acreditaram que eu conseguiria fazer o serviço por ser mulher. E no final vieram me dar os parabéns pelo resultado. A tarefa tem que ser feita sem pressa, com muito carinho, cuidados, e com o coração”, ensinou.
Duas irmãs, de 20 anos, Ana Batista e Ana Carolina, moradoras do bairro Açude I, estão matriculadas no curso de Bombeira Hidráulica Predial, onde esperam concluir e buscar o mercado profissional: “Não quero perder esta oportunidade de aprender esta profissão”, comentou Ana Batista.