BARRA MANSA/RIO DE JANEIRO
A Petrobras comunicou que, a partir de 1º de agosto, conforme os contratos acordados pela companhia com as distribuidoras, os preços atualizados de venda de gás natural terão redução média de 7,1% em reais por metro cúbico, com relação ao trimestre maio-junho-julho, considerando a variação do preço da molécula e do seu transporte por dutos.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Para o trimestre em referência, o petróleo teve queda de 3,8% e o câmbio teve apreciação de 4,8%.
Em Barra Mansa, por exemplo, o metro cúbico do GNV está sendo comercializado entre R$ 5,09 e R$ 5,19.
Caso o percentual da redução para as distribuidoras seja repassado para os consumidores os valores do metro cúbico em Barra Mansa, por exemplo, deverá ficar entre R$ 4,72 e R$ 4,82.
Com essa atualização, segundo a estatal, o preço do gás natural vendido para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 25% no ano. “A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do Gás Natural Veicular (GNV), dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, avaliou a estatal.
A companhia ainda destacou que, além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. “A companhia ressalta que a atualização anunciada para 1 de agosto não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”, apontou.
O anúncio foi feito antes durante nesta quarta-feira, dia 19, durante café da manhã da diretoria da Petrobras com jornalistas e ocorre em meio a pressões do governo federal, sobretudo do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para que a estatal amplie a oferta, o que permitiria uma queda dos preços do insumo no país.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou no encontro que Silveira tem “direito de fazer cobranças” sobre o gás e outros temas, mas reforçou que a companhia está “fazendo seu trabalho corretamente”. “É claro que o Brasil tem gás, mas o Brasil tem mais petróleo e nós corremos sempre atrás do petróleo. O gás, de fato, e não tem nada de feio em dizer isso, sempre foi considerado um produto colateral para nós, porque ele vem geologicamente no Brasil associado ao petróleo”, afirmou Prates, pontuando que não é por isso que a empresa e outros produtores deixam de buscar monetizar o insumo “tanto quanto possível”, encerrou Prates.
Ainda segundo comunicado da estatal, o preço da molécula de gás foi influenciado no trimestre por uma queda de 3,8% do petróleo e uma apreciação de 4,8% do câmbio.