BARRA MANSA
Foi condenado a 22 anos de prisão o homem, de 39 anos, apontado como assassino de Viviane Ribeiro de Souza, morta na Rua Orlando Brandão, no bairro Vila Orlandélia, em julho de 2018. Ele era companheiro dela e foi preso sete meses após o crime. O julgamento começou às 13 horas desta quarta-feira, dia 1° de fevereiro, no fórum da cidade, onde ele passou por júri popular. Desde que o corpo de Viviane foi encontrado em casa por familiares e o caso passou a ser investigado na 90ª Delegacia de Polícia (DP), ele foi apontado como o principal envolvido no crime, que teve grande repercussão em toda a Região Sul Fluminense na ocasião diante a brutalidade.
Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil, tortura e por impossibilitar a vítima à defesa, além de feminicídio.
Viviane tinha 46 anos. Ela tinha duas filhas e dois netos. Foi encontrada morta dentro de sua residência e, segundo informações da equipe do 28° Batalhão de Polícia Militar (BPM), que foi acionada após o encontro do corpo da vítima, familiares estavam à sua procura desde o dia 10 de julho. Ela foi encontrada por um tio e por uma filha, após a família estranhar seu sumiço.
O caso foi registrado na 90ª Delegacia de Polícia, que ficou responsável pela investigação, chegando à autoria do crime. O mandado de prisão preventiva foi expedido dez dias após o assassinato e o homem foi encontrado sete meses depois. Ele fugiu da cidade e foi encontrado em São Paulo. Sua localização foi fruto de trabalho investigativo da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio operacional do Grupo de Operações Especiais (GOE-SP). Após transferência para a região, ele passou a aguardar o julgamento preso na Cadeia Pública Franz de Castro, a Casa de Custódia, em Volta Redonda.
ESPANCADA POR HORAS
Na ocasião da prisão, ocorrida em fevereiro de 2019, o A VOZ DA CIDADE teve acesso a uma declaração feita em uma rede social por um familiar de Viviane, irmã da vítima. Na época, ela fez um desabafo. “Infelizmente eu preciso compartilhar essa história. Essa moça da foto é minha irmã Viviane, 46 anos, duas filhas e dois netos. A Vivi foi assassinada cruelmente pelo companheiro dela e eles vivam juntos há nove anos”, explicou, dizendo que sua irmã foi espancada por ele, de mais ou menos 23h45min do dia 10 de julho até às 4 horas do dia 11, “quando ele, enfim, resolveu acabar com o sofrimento dela e iniciou a carnificina. Foram umas 20 facadas no abdômen, que causaram hemorragia interna e cortes profundos nos seus pulsos e tornozelos, que causaram uma anemia aguda, que a levou a óbito às 4h45min. Ele terminou o serviço, foi tomar um banho, para tirar a sujeira do corpo, roubou todo o dinheiro, documentos, celular dela, trancou a casa e fugiu”, narrou.
Ao final do desabafo, ela fez um alerta que outras mulheres denunciem qualquer tipo de violência sofrida antes que o pior aconteça.