Edson Arantes do Nascimento está sendo sepultado hoje, em momento discreto, com a presença apenas dos familiares e pessoas mais íntimas. Pelé, eternizado, continuará vivo. Especialmente nos comentários e sugestões de autoridades e personalidades sobre a melhor forma de homenagear o legado do rei do futebol.
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A inclusão de uma coroa de rei no uniforme do time, a diretoria do Santos já executou. Mas decidiu não aposentar a camisa 10. Um colega jornalista da ESPN sugeriu que o Santos FC mudasse de nome, passando a ser Santos Pelé FC. No ano passado, uma votação na assembleia legislativa do Estado Rio aprovou a troca do nome do estádio jornalista Mário Filho/Maracanã para estádio Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé.
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Antes do governador sancionar a lei os próprios deputados perceberam a mancada que deram e pediram para a lei ser vetada. Seria mancada mesmo. Como trocar o nome de um estádio que desde quando foi inaugurado já havia trocado para Maracanã, iniciativa espontânea da identidade cultural carioca?
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Denominar um estádio com o nome de um jogador ou de um político quase sempre vira um apelido. O nome original do estádio da Vila Belmiro é estádio Urbano Caldeira, ex goleiro do Santos. Eládio de Barros Carvalho também foi jogador de futebol e é o nome oficial do estádio do Náutico, chamado e conhecido por todos como estádio dos Aflitos.
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Em Minas Gerais, o estádio Magalhães Pinto, logo passou a ser chamado de Mineirão. O estádio João Havelange, em que pese a brilhante folha de serviços do homenageado também está nesta lista em que o apelido sepulta o nome de batismo. Primeiro virou “Engenhão” e agora é estádio Nilton Santos.
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Ninguém mudou o nome do estádio Mané Garrincha, de Brasília, inaugurado em março de 1974. Ao contrário, em Maceió, nos últimos três anos vem ocorrendo um movimento para ampliar o nome do estádio Rei Pelé, inaugurado há mais de 50 anos, para estádio Rei Pelé e Rainha Marta. A jogadora Marta, alagoana, merece uma grande homenagem, mas exclusiva. Além disso, à época casado, ainda que seja uma denominação simbólica, seria uma bigamia.
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O presidente da Fifa veio ao Brasil para o velório de Pelé e disse que o rei do futebol merece uma super homenagem. É verdade. Fica nossa sugestão para o senhor Giovanni Vincenzo Infantino: Por que a taça Jules Rimet, agora taça Fifa, troféu máximo conquistado de quatro em quatro anos pela melhor seleção de futebol, não passa a ser denominada “Taça Rei Pelé” ? Por que?