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Por que empresas brasileiras detém tantos ativos em cripto?

Por Andre
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De acordo com a receita federal brasileira, 12.053 empresas nacionais declararam a compra de ativos em criptomoedas em agosto de 2022. É a primeira vez que uma movimentação com tamanho volume ocorre em um único mês – o recorde anterior pertencia ao mês de junho, quando 11.797 empresas adquiriram ativos digitais.

De acordo com informações da própria receita, como um todo, estas empresas possuem cerca de 10,9 bilhões de reais em criptomoedas, mas a pergunta é, o que torna este tipo de investimento tão atrativo para empresas no país?

Brasil e criptomoedas

De acordo com informações de pesquisa Datafolha encomendada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), mais de 4,2 milhões de pessoas já investem em criptomoedas no Brasil, ou cerca de 2% da população, um feito impressionante independente da análise que possa ser empregada, o fato é que muita gente resolveu apostar forte no mercado de cripto – com a busca por parte de pessoas físicas, faz todo o sentido do mundo que não só empresas passem a aceitar pagamentos em ativos digitais, como também passem a investir neste mercado.

Moeda digital pode ser interessante para empresas e até usuários de cassinos online

Pela internet não é difícil encontrar empresas que aceitem pagamentos em ativos digitais, ou criptomoedas – de e-commerces a marketplaces virtuais voltados a jogos, passando por esta lista definitiva de novos cassinos online, hoje é possível comprar e vender de tudo de forma segura com o uso de criptomoedas. Os cassinos online entendem a preferência dos clientes por métodos de pagamento mais seguros e rápidos, e as criptomoedas ou carteiras eletrônicas são atualmente a forma mais popular de pagar por esse tipo de entretenimento.

Furar a bolha dos investidores e entusiastas é e vem sendo uma das principais barreiras para uma adoção mais abrangente de criptomoedas, mas a chegada de empresas processadoras de pagamento voltadas a criptomoedas busca facilitar todo este processo por meio de funcionalidades como conversão instantânea de reais para cripto e vice-versa, ótimo para usuários e empresas em geral – em transações seguras que não envolvem dados sensíveis de nenhuma das partes, por exemplo.

Reservas digitais

Considerando a atual situação da economia, criptomoedas podem ser uma maneira alternativa de manter uma reserva financeira – afinal, podemos encarar os ativos digitais como uma espécie de poupança de dólar digital, protegendo as economias de eventuais inflações e desvalorizações do real.


A entrada de corretoras que operam com bitcoins no país também explica a ascensão deste tipo de investimento – muitas prometem formas seguras de investir em cripto, caso das stablecoins, como são chamadas as moedas digitais ligadas a ativos mais estáveis, em tese livres das grandes oscilações que afetam o mercado de tempos.

Dentre os motivos para adoção cada vez maior de ativos digitais por parte de empresas, podemos destacar os seguintes: agilidade, segurança e menor custo operacional, além da possibilidade de acabar lucrando com as variações do ativo escolhido, dentre outras características próprias do meio que podem acabar fazendo sentido para quem busca diversificar seus investimentos.

Cripto em expansão

Cada vez mais empresas de investimento no país passam a operar com ativos digitais, caso de gigantes como XP e mesmo novos players como PicPay, apesar de não existir regulamentação específica para o uso de criptomoedas até o momento – apesar de haverem discussões em torno do tema na Câmara dos Deputados, visando oferecer mais segurança aos que atuam em moedas digitais no Brasil, o que conta com apoio dos mercados de cripto, visto que a promessa é não interferir nos negócios e sim oferecer mais segurança nas operações.

O Banco Central também demonstra otimismo em relação ao tema, estudando uma integração entre propostas que envolvem o Real Digital, Pix e Open Finance, incluindo aí possíveis oportunidades de transformação para o mercado local de serviços financeiros e posterior integração com o metaverso. De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ativos digitais levarão a uma futura economia “tokenizada”.

Cripto veio para ficar

Atualmente, o mercado opera em uma espécie de zona cinzenta em que muitas dúvidas seguem sem respostas, mas de acordo com especialistas, autoridades, empresas e players do mercado privado devem cooperar de forma a criar um ambiente cada vez mais seguro para negociações em cripto.

Movimentos recentes no setor e a chegada de gigantes nacionais e internacionais mostram que a tendência veio para ficar, como exemplificado pelo caso do banco digital Nubank – após o lançamento de seu programa de aquisição de ativos digitais Nu Cripto, um milhão de seus clientes usaram o app do banco para comprar criptomoedas. Pelo que podemos perceber, o objetivo do mercado parece ser mesmo facilitar e democratizar novas oportunidades de investimento para o público em geral, e consequentemente, para empresas, levando a um cenário de crescimento sem precedentes assim que a coisa engrenar mesmo.

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