BARRA DO PIRAÍ
Com previsão para ser entregue no próximo dia 4, entrou na reta final a grafitagem das últimas peças do avião do metaverso, parte integrante do Circuito Turístico de Ipiabas.
A informação foi passada pelo artista urbano, Marlon Muk, que lidera uma equipe de 13 profissionais, que estão no distrito desde o dia 10 de outubro, num dos trabalhos mais emblemáticos da carreira do grafiteiro, conhecido em todo o mundo.
Como uma ideia inovadora, a intenção é levar os turistas a viajar por cartões postais de todo o mundo, bem como conhecer as belezas naturais e atrativos do distrito barrense. No interior, ainda será possível que outras iniciativas – com características modernas – também sejam acrescentadas. Dentro dele, haverá a instalação do equipamento de realidade virtual, hoje com o nome de metaverso.
Idealizador do ‘avião do metaverso’, o prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, comemora o sucesso que tem sido a movimentação turística em Ipiabas. “O distrito não recebeu a metade dos equipamentos propostos para lá e já está recebendo turistas, que tiram fotos e comentam sobre este avião. Algumas críticas aconteceram e são normais na democracia. Agora é pensar para frente e buscar o crescimento do potencial turístico de Ipiabas. Por acreditar no projeto, estamos investindo alto. E, acreditem: vai dar certo”, analisa Mario Esteves.
O artista Marlon Muk, que coleciona pinturas por todo o globo, explica como anda a etapa final de grafitagem do avião. Segundo ele, estão sendo aplicadas as cores de base para, em seguida, entrar com a técnica do grafite, por meio da tinta spray. Muk explicou como é feito esse procedimento estético, por meio da técnica chamada de ‘air lance’, que seria um compressor. “Para que entendam, a cor de base é aplicada em determinada parte do avião. Por exemplo, tem um local onde será enfatizado o cultivo do café em Barra do Piraí, em uma área extensa. Daí, nós preenchemos com uma tinta verde base; em seguida, entramos com a luz e sombra, dando profundidade. Usamos a tinta com equipamento de ‘air lace’, que é um compressor para realizar o desenho com spray por cima”, explica Muk.
O artista explica que, em dez dias de estadia no distrito, ele e sua equipe conseguiram estreitar contatos com os moradores, que, segundo ele, têm dado um retorno positivo quanto a implementação do avião no local. Para Muk, se efeitos adversos, como as chuvas, não atrasarem a pintura, ele entregará a obra no dia 04 de novembro. “Somos reféns dessas condições climáticas; não tem jeito. Esta obra tem nos despertado muita felicidade; estamos fazendo com o coração e emoção, ainda mais vendo as pessoas indo até o local e demonstrando carinho. Não tinha conhecimento da região, mas muitas pessoas estão dando valor ao nosso trabalho e reconhecendo a importância desse equipamento turístico; vai chamar ainda mais a atenção. O comércio local está absorvendo essa criação. Já está movimentando. Minha equipe é composta de 13 pessoas, que consomem no comércio o dia todo”, aponta.
Dentre as obras mundiais executadas e apontadas por Marlon Muk como as suas preferidas, estão a indígena em Pádova, na Itália, e um autorretrato pintado no Peru. No país europeu, conforme disse, ele fez um desenho de uma indígena, em três dias, num mural. O cocar da nativa, formava a bandeira do Brasil. Já na nação latina, ele pintou o seu rosto, e, sobre a cabeça, uma coroa do povo Inca, que foi muito noticiado na época, pela mídia local. “Participo de artes urbanas por todo o mundo. No Brasil, em Joinville, para a igreja Adventista pintei margaridas gigantes, feitas numa parede muito grande. E tive o prazer de fazer o maior mural, na Zona Sul, no bairro Olaria, na capital, com 4 mil metros. Mas, para mim, uma das mais importantes obras é este avião, bem diferente de muito do que ele já fiz”, conclui.