VOLTA REDONDA
O candidato a deputado federal Samuca Silva (União Brasil) perdeu um embargo de declaração que deu entrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que contestaria a decisão do colegiado de inelegibilidade de oito anos. O ex-prefeito de Volta Redonda perdeu por unanimidade, sete votos a zero. Ele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Recorrerei sim da decisão com a convicção de vitória. Permaneço em campanha, com mais ânimo ainda. A política tem percalços e me cabe vencer cada um, como já fiz neste caso na primeira instância e conseguirei, com certeza, no recurso. Sigo trabalhando”, disse o candidato em nota.
No mês de agosto o TRE decidiu pela inelegibilidade de oito anos de Samuca por abuso de poder político nas eleições de 2020, quando então prefeito, perdeu a reeleição, ficando em terceiro lugar.
O processo é de autoria do Ministério Público. No processo, o promotor Bruno Rinaldi Botelho, no mês de junho deste ano, foi uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), pois averiguou-se que houve coação sofrida por servidores municipais comissionados para que apoiassem a candidatura à reeleição de Samuca, “participando forçosamente de reuniões e atos de campanha, sob pena de exoneração, e realizando, inclusive, boca de urna no dia da votação”.
Além de citar Samuca, o processo aponta a então candidata a vice-prefeita, Maria de Fátima Martins Passos e a secretária de Saúde na época, Flávia Lipke. Essa última e Samuca por terem coagido servidores comissionados a trabalharem na campanha. Já a candidata a vice foi citada por fazer parte da chapa. Denúncias anônimas motivaram a denúncia.
O processo ainda continua falando a respeito de uma prática de boca de urna, postado em um grupo de WhatsApp pela então secretária de Saúde, Flávia Lipke. Ela solicita a presença das pessoas da equipe para pegar material e ficar nas zonas eleitorais.
Pela decisão, o Ministério Público Eleitoral emitiu parecer pelo indeferimento da candidatura de Samuca à Câmara Federal.