UCRÂNIA
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), falou a jornalistas na última sexta-feira, dia 6, ao retornar da missão na usina nuclear de Zaporizhzhia. Segundo Rafael Mariano Grossi, uma parte da equipe seguirá nas instalações ucranianas até semana que vem e dois especialistas ficarão permanentes no local.
Ele acredita que a permanência da Aiea na planta contribui para a estabilização e facilita a relação entre as partes do conflito. Em sua primeira avaliação, Grossi destacou a situação da integridade física das instalações nucleares após o aumento da atividade militar.
Relatório sobre a situação de Zaporizhzhia
O chefe da agência nuclear afirmou ser possível observar que a usina nuclear foi violada diversas vezes. Ele adicionou que os bombardeios na área são “inaceitáveis” e aumentam o risco de acidentes.
Na próxima terça-feira, Rafael Mariano Grossi deve participar de uma sessão no Conselho de Segurança para apresentar um relatório completo sobre a situação em Zaporizhzhia.
Aos jornalistas, ele afirmou que embora haja danos nas instalações, as operações continuam. Uma das maiores preocupações de Grossi é sobre a segurança das equipes trabalhando na usina.
Ele afirma que ucranianos e russos trabalham de forma “profissional” juntos, mas existe uma tensão muito grande. Segundo o diretor-geral da Aiea, as equipes contam com profissionais técnicos, além da força militar russa.
Outro ponto de preocupação é o abastecimento de energia da planta, que sofreu com apagões desde o início da violência na região, e o abastecimento de materiais necessários para garantir o bom funcionamento da usina.
Resultados da visita
Ao ser questionado sobre o acesso a todas as áreas das instalações de Zaporizhzhia, Grossi afirma que sente que sua visita obteve os resultados esperados. Segundo ele, sua equipe teve acesso aos locais que seriam necessários para uma avaliação técnica sobre o funcionamento seguro da usina.
Mesmo com os avanços, Grossi afirma que seguirá preocupado com a estabilidade e segurança, tanto das equipes trabalhando em Zaporizhzhia quanto da integridade física da usina, até que a situação seja totalmente normalizada.
* Silas Avila Junior – Editor internacional