VOLTA REDONDA
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda e região participou, recentemente, da elaboração das propostas dos trabalhadores dos setores da Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM). O documento que foi entregue ao candidato à presidência da República, Luis Inácio Lula da Silva. Os debates aconteceram durante o Seminário “Agenda Setorial para o Desenvolvimento e Perspectiva dos Sindicatos da Construção e da Madeira”, em São Paulo.
O presidente do Sindicato da Construção Civil de Volta Redonda, Sebastião Paulo de Assis, e o diretor de formação, Zeomar Tessaro, representaram os trabalhadores da região no evento. Segundo Sebastião Paulo, o documento entregue ao candidato Lula pelo deputado federal, Paulo Pimenta, representa uma agenda de compromissos com os trabalhadores, que tenha como eixo central a implementação de políticas com o objetivo da retomada do desenvolvimento econômico e social. Ainda de acordo com o sindicalista, a elaboração foi realizada pela ICM, a partir de consulta aos seus afiliados e com base em subsídios disponibilizados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
PROPOSTAS
Entre as principais propostas dos trabalhadores estão o combate ao desemprego e a geração de empregos de qualidade, a implementação de políticas públicas de qualificação, conversão ou reconversão profissional como formas de combater o desemprego e gerar oportunidades, o fortalecimento das entidades sindicais e dos processos negociais, a reversão ou revisão de retrocessos legais impostos pelas reformas sindical, trabalhista e da previdência social, além da defesa da valorização e recuperação do poder de compra do salário-mínimo, bem como, na defesa e na valorização das aposentadorias e pensões.
O sindicalista, que participou dos debates no seminário, ressaltou que diante dos retrocessos econômicos e de direitos que aconteceram nos últimos anos, essas propostas representam o compromisso com os trabalhadores da construção de todo país, a mesma realidade enfrentada em Volta Redonda e região. “O pedido é para geração de emprego e condições de trabalho decente no setor da construção, para combater a fome e a desigualdade. A corda arrebentou para o lado do trabalhador nas reformas trabalhista e da previdência, que só serviram para retirar direitos”, destacou o sindicalista.
Ainda de acordo com Sebastião Paulo, os maiores prejudicados até agora foram os trabalhadores e os sindicatos, que enfrentam dificuldades nas negociações das convenções coletivas de trabalho. “Precisamos dessa mobilização e organização do setor para buscarmos essa recuperação das perdas”, concluiu.