“Agora estou nesse desafio da política porque ela é boa. O ruim é a politicagem”, disse
BARRA MANSA
Pela primeira vez, Leonardo Santos, conhecido como Léo da Joalheria Regina disputará uma eleição para cargo público. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo Podemos e foi mais um entrevistado do A VOZ DA CIDADE no espaço aberto para ouvir propostas de pré-candidatos. Léo destacou que pretende lutar pelo desenvolvimento econômico de Barra Mansa e região em Brasília e ressaltou a importância da cidade ter um representante federal, pois há anos isso não acontece.
Léo da Joalheria Regina é um empresário na cidade. Destacou que sua entrada na política se deu pelo fato de entender de que é necessário a política para ajudar as pessoas. “Sempre fui determinado e gosto de desafio. Aceitei o desafio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) quando fui presidente e vi que consegui ajudar no que me propus. Agora estou nesse desafio da política porque ela é boa. O ruim é a politicagem. O que precisamos fazer é política de desenvolvimento para ajudar as pessoas. Está na minha essência, fui criado nesse ambiente de ajudar o próximo”, disse.
O pré-candidato é nascido em Barra Mansa, tem 45 anos, casado e duas filhas. Lembrou como foi sua trajetória profissional. Para quem não sabe, a Joalheira Regina não foi criada por sua família. “Meu pai não era o dono inicial. Ele entrou lá garoto, com cerca de 13 anos, foi de ajudante a gerente. Foi o primeiro emprego dele quando veio de Bom Jardim de Minas para tentar a sorte. Meus pais são de lá. Namoram desde que minha mãe tinha 11 anos”, contou, completando que na época a economia estava pulsante e seu pai conseguiu dar a ele e a seu irmão um estudo de qualidade.
Leo entrou na Faculdade de Direito e ainda durante o curso, por volta de 1999 a loja começou a ter problemas e seu pai assumiu o compromisso de estar a frente da loja e virou proprietário. Chamou Leo para ajudar, pois ele já conhecia o funcionamento do comércio já que nas férias sempre ajudava. E ele aceitou o desafio. Acabou concluindo a faculdade mas não exerceu já que foi se firmando, abrindo filiais em outras cidades. Dez anos depois seu pai se afastou e ele seguiu sozinho. “A empresa sempre foi familiar, por isso acredito que deu certo”, completa.
O comércio atualmente em Barra Mansa é um dos maiores empregadores, mas ele por si só não consegue sustentar a cidade. Por isso, o pré-candidato diz que seu foco de trabalho, se eleito, será o desenvolvimento econômico, ajudando na atração de indústrias e de empresas de tecnologia. Além disso, a destinação de emendas para setores que considera importantes.
“Uma das coisas que pretendo fazer é alterar a Constituição Federal para que a CCR RioSP e a FCA paguem IPTU. Tem uma determinação que diz que em áreas da União não pode ter pagamento do imposto, mas a partir do momento que tem concessão alguém está sendo beneficiado e a nossa cidade tem um grande trecho de ambos os serviços, tanto da estrada, quando de ferrovia”, explica, completando que é necessário ainda investir na questão da logística que na cidade e região é muito forte.
Com relação a estradas lembrou que é necessário debater as marginais da CCR. Segundo ele, a concessionária continua fechando os acessos, embora exista um contrato que as empresas já existentes não sejam prejudicadas. Um exemplo é a Fazenda Rochinha, onde é produzido o gin premiado mundialmente.
Além do desenvolvimento econômico, o pré-candidato pretende lutar pela educação, principalmente se lutará pelo polo tecnológico, e o esporte com projetos sociais.
NA CDL
Desde quando era criança, Leo Santos conta que participava de reuniões de entidades ligadas ao comércio com seu pai, Manoel. “Em 1998 fui um dos primeiros diretores da CDL Jovem, em 2005 me tornei presidente, instituímos alguns projetos, como Venha Brincar Conosco e o futsal para os comerciantes”, contou. Participou ainda do Sicomércio e depois retornou para a CDL.
Em 2020 assumiu a presidência da entidade com um mandato de três anos. Ele ficaria até o final deste ano, mas renunciou ao cargo no final do mês passado para se dedicar a pré-campanha.
Durante a pandemia a CDL trabalhou para a reabertura do comércio. “Ficamos fechados uma semana e começamos a nos organizar. Sei que era crise sanitária mundial, mas precisávamos voltar a trabalhar dentro de protocolos. Começamos a trabalhar com a prefeitura, compramos álcool gel e máscaras que estavam em falta e deixamos para os associados. Batalhamos para conseguir remédios e acompanhamos por decisão judicial os números da saúde para nos manter abertos”, lembrou.
Léo ainda citou o que a CDL ofereceu aos associados para ajudar nesse período de crise, como o 13º cobrado, isenção da mensalidade, a cobrança na campanha de Natal. Outro ponto de sua gestão foi a decoração de Natal de Barra Mansa. “Tinha direito a fazer uma festa de posse que estava no orçamento e não quis, trabalhei para que pudéssemos ter os enfeites no final do ano. Como nem sabíamos se o comércio estaria aberto ou não fomos organizando as coisas. Nos unimos ao Sicomércio e a Aciap e conseguimos enfeitar a cidade. Já tínhamos a Casa do Papai Noel e trabalhamos pela ornamentação e o presépio que ficou na Praça da Matriz. Muitos não sabem que foi pela união das entidades que tivemos uma cidade lindamente decorada”, argumentou.