ANGRA DOS REIS
Sete famílias vítimas das fortes chuvas que atingiram volume histórico no município no início deste mês, e que ainda estavam abrigadas na Escola Municipal Raul Pompeia, em Monsuaba, se mudaram neste sábado, dia 16, para novos lares.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania acompanha, junto com a Defesa Civil e lideranças da comunidade, a saída das famílias do abrigo para imóveis alugados por meio do aluguel social, benefício concedido pela prefeitura para proprietários e inquilinos de imóveis que tiveram as residências interditadas de forma permanente pela Defesa Civil. As mudanças visam permitir que essas pessoas passem o domingo de Páscoa em suas novas casas.
Além do transporte, feito por caminhão da Defesa Civil, as famílias recebem um kit – com colchões novos, cesta básica, água, produtos de higiene pessoal e limpeza. Com as mudanças deste final de semana na Monsuaba, sobe para 91 o total de famílias assistidas pelo aluguel social que receberam o benefício após terem suas casas interditadas pela Defesa Civil. “É o recomeço, para essas pessoas, e nada mais importante do que permitir a elas uma Páscoa em suas próprias casas, retomando a sua dignidade social e sua identidade. Tudo está sendo feito com muita tranquilidade e respeitando o tempo de cada família”, disse o secretário de Desenvolvimento Social, Eduardo Sampaio.
O secretário explicou que os imóveis alugados passam por avaliação da Secretaria de Assistência Social e Defesa Civil. Ainda de acordo com o secretário, durante a permanência no abrigo, as famílias contaram com alimentação, acompanhamento psicológico, assistência em saúde e assistência em tempo integral.
RECOMEÇO
Severino Francisco da Silva, de 44 anos, foi um dos beneficiados pelo aluguel social, com o qual celebrou de contrato de aluguel de uma casa, no mesmo bairro, onde vai morar com a mulher, Maria das Graças, e a filha Ane Lavine, de 8 anos. A família perdeu o imóvel onde morava devido ao deslizamento de terra, ocorrido durante a madrugada no dia 1º de abril. Por 14 dias, Severino e a família viveram no abrigo da prefeitura. “Estamos vivos e temos saúde. É difícil deixar uma casa própria para vivermos de aluguel, mas agora estamos em uma casa segura”, disse Severino, que trabalha como motorista em uma empresa de ônibus.