ESTADO/SUL FLUMINENSE
O deputado estadual Marcelo Borges da Silva, o Marcelo Cabeleireiro (DC) presidirá a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Varejista do Estado do Rio de Janeiro, que foi instalada nesta quarta-feira na Alerj. O objetivo é fomentar o setor responsável por 70% dos postos de trabalho no estado. Além de Marcelo, são integrantes da frente o presidente da Casa, André Ceciliano (PT) e a deputada Franciane Motta (União Brasil).
“Atualmente temos vários estados que dão vantagem para indústrias enquanto nós estamos perdendo empresas. Temos uma guerra fiscal entre os estados e entre os municípios, e precisamos fazer um trabalho diferenciado para o comércio varejista e reduzir impostos para que o estado seja competitivo. A partir do momento em que não criamos postos de trabalho e não fomentamos a economia, todos os setores vão à falência. É preciso valorizar quem emprega no Rio”, disse Cabelereiro.
Durante a instalação da frente, que não tem um período estipulado para terminar, foi apresentada pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontando que o Rio é o segundo estado do Brasil com mais lojas fechadas em um ano. Ao todo, mais de seis mil lojas foram fechadas em 2020 no estado. O setor mais afetado foi o de vestuário, com mais de dois mil estabelecimentos fechados. O estudo concluiu que 7% de todas as lojas do Rio fecharam as portas. Entre 2014 e 2020, foram quase 32 mil lojas fechadas no estado, o número representa 28% do comércio no Rio. O número é bem maior do que a média nacional, que foi de 18% no mesmo período.
Segundo o secretário executivo da Fecomércio, Natan Schiper, o Rio é o segundo maior consumidor do Brasil, mas passa por um momento delicado. “Desde o início de 2020, muitas empresas fecharam e a recuperação econômica está difícil. O comércio é o maior empregador do Rio e ele traduz o suporte das famílias, pois o empregado traz consigo quatro pessoas em média. Por isso precisamos tratá-lo com vantagens”, explicou.
Já o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro, Marcelo Merida, pontuou o papel social do setor. “O varejo é a porta de entrada do primeiro emprego, então temos um papel social importante dentro dessa conjuntura econômica. O Estado do Rio, no trato com o microempresário, precisa entender que as obrigações acessórias estão além das necessidades do contribuinte. A desburocratização é uma pauta que não pode sair do nosso radar, pois hoje o Rio é um ambiente hostil para o empreendedor”, comentou.
Marcelo Cabeleireiro informou que pretende realizar um balanço final com ações após o trabalho da frente parlamentar e até mesmo no decorrer dos trabalhos. Para isso, pretende realizar audiências públicas nas regiões do estado para debater o setor varejista.