RESENDE
O delegado titular da 89ª Delegacia Legal de Polícia Civil (Resende) Marcelo Nunes Ribeiro instaurou inquérito para apurar atos de vandalismo e incêndio na casa do professor José Luís de Carvalho Vargas, preso no último dia 26 junto com o advogado Marcelo Tavares durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Graal Itatiaia, quando tentavam negociar R$ 80 mil em extorsão ao prefeito Eduardo Guedes, o Dudu (MDB). O imóvel, localizado na região da grande Alegria, que reúne mais de 40 mil pessoas, teve o muro pichado no último domingo, dia 28 e na noite de quarta-feira, atearam fogo no relógio de energia elétrica. A família de Vargas, assustada com os atos registrou queixa na delegacia.
De acordo com boletim de ocorrência registrado por familiares do professor, no madrugada do último domingo, o muro do imóvel apareceu pichado com as palavras “Sua casa caiu. Safado, ladrão, miliciano e corrupto” e ainda foi encontrado na calçada um pneu queimado. Já na noite de quarta-feira, vândalos atentaram contra a casa de Vargas. Utilizando gasolina, os criminosos atearam fogo no relógio de energia elétrica danificando o equipamento, hidrômetro, parte do portão de madeira e plantas.
No local, foi encontrado um galão de gasolina jogado em meio as plantas. O crime aconteceu por volta das 22h20min. “Estávamos em casa e percebemos um clarão no portão. Quando olhamos o fogo estava alto. Ficamos presos e não conseguimos sair devido às chamas. Gritamos e pedimos socorro para os vizinhos que apagaram o fogo que já seguia em direção aos carros”, contaram os familiares acreditando que os atos de vandalismo tenham sido feitos em retaliação a prisão de José Luís. “Estamos apavorados com os terrorismos que sofremos. Em menos de cinco dias a residência foi atacada. Provavelmente quem fez isso são criminosos e a gente não sabe quem são”, informaram.
O delegado Marcelo Ribeiro informou que já foi instaurado inquérito policial para apurar os crimes. “O Grupo de Investigações Criminais (GIC) já está investigando os casos e estamos solicitando imagens de câmeras de segurança da vizinhança para tentarmos identificar o autor ou autores dos atentados”, disse o delegado, sem revelar mais informações sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
No último dia 26, em uma ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o advogado Marcelo Tavares e o professor José Luis de Carvalho Vargas, foram presos, na Graal Itatiaia, suspeitos de tentarem negociar R$ 80 mil em extorsão ao prefeito Eduardo Guedes, o Dudu (MDB), para não dar sequência a um processo judicial que denunciava possível irregularidade em sua gestão. Toda a ação era monitorada pelo Ministério Público, após denúncia do prefeito e do vereador João Márcio (PRB) – interlocutor nas conversas entre os acusados e o chefe do poder Executivo de Itatiaia. Os acusados foram presos após mandado de prisão preventiva.
1 Comentário
Que absurdo! Pode ser a mando daquele prefeito de Itatiaia que ja ta com medo da delação que vem por aí