ESTADO
Desde o início da pandemia, o Turismo é um dos segmentos que mais tem sido atingido pela crise que afetou diretamente milhões de vidas e a economia global. De acordo com pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) sobre os impactos da vacinação na retomada das atividades dos pequenos negócios, esse segmento deve voltar ao patamar de faturamento anterior à pandemia somente em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro desse ano.
Além do setor depender da vacinação em massa da população, os empreendedores desse segmento deverão se adaptar aos novos desejos e necessidades dos clientes. Para entender melhor esse contexto e mapear as oportunidades que surgem nesse novo normal, o Sebrae elaborou estudo que mostra pontualmente as principais tendências do Turismo para o Brasil e também revela os desejos e anseios do público fluminense quando pensa em turismo. “Esse material orienta as empresas do trade turístico e ajuda na elaboração de políticas públicas que permitam que o turismo volte a ser uma das principais fontes de recursos e de geração de empregos, tanto no Rio de Janeiro quanto no resto do país”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
De acordo com o estudo, para que as empresas do setor voltem a faturar, elas terão que adotar os protocolos de segurança e aderir às novas tecnologias com o intuito de garantir aos clientes mais confiança no empreendimento. Como inovações sugeridas pelo estudo do Sebrae, estão a inclusão de check-in e check-out digitais, identificação digital, pagamento por aproximação, internet das coisas, realidade virtual e inteligência artificial.
O diretor-superintendente do Sebrae Rio, Antonio Alvarenga, frisa que no período pré-Covid, o turismo representava 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro e era o destino preferido de 40% do total de turistas do país. Segundo ele, para fugir da crise, o empreendedor precisa encontrar as melhores estratégias que façam a diferença no seu negócio. “A aproximação com o cliente; a diversificação do portfólio; adoção de mecanismos que assegurem ao cliente segurança sanitária; utilização de tecnologias que possibilitem o Low Touch (pouco contato); a implantação de serviços de tendências e uma organização para lidar com necessidade de adiamentos, cancelamentos de reservas são caminhos que o empresário deve seguir. Para acompanhar essas mudanças, os empreendedores podem contar com o nosso apoio. Elaboramos um conjunto de soluções e conteúdos para ajudá-los a passar por esse momento”, reforça.
O levantamento do Sebrae também aponta o turismo de luxo com uma forte demanda e indica caminhos para que as empresas possam atingir esse nicho. Dentre as dicas da instituição, estão o turismo gastronômico, prestação de serviços exclusivos de bem-estar, aluguel de suítes para microcelebrações ou de espaços inteiros e a oferta de passeios personalizados. O Turismo de Charme também é uma boa oportunidade para atrair turistas.
EM ALTA
O estudo revela que os empreendedores que investirem no turismo de proximidade e ecoturismo poderão se beneficiar dessa retomada das atividades com maior agilidade. De acordo com o levantamento, os turistas desejam conhecer cidades do interior, viajar de carro ou em voos com até 3 horas de duração e estão atentos às medidas de proteção adotadas pelas empresas. “Com a pandemia do coronavírus, o turismo nacional precisará se reinventar. As pessoas têm procurado viajar para lugares mais próximos e que ofereçam recursos naturais, como praias, cachoeiras, reservas e parques. Além disso, a execução de ações de impacto social pode ser um diferencial para atrair novos turistas”, pontua o presidente do Sebrae.