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Comerciantes se reinventam para trabalhar mesmo de portas fechadas

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Com a pandemia de Covid-19, os comerciantes foram uns dos que mais sofreram com a crise econômica que se instalou em todo o Brasil. No ano passado, o comércio teve que fechar suas portas por semanas e, novamente neste ano, a partir de hoje em Barra Mansa, os comerciantes se veem obrigados a fecharem suas portas por conta de uma nova onda de aceleração na transmissão da doença.

Tradicional na cidade, as Lojas Celeste precisou se reinventar para manter o funcionalismo ativo. De acordo com o proprietário do local, Paulo Sérgio Frangoso de Avila, internet e delivery são palavras-chaves para a adaptação. “Investimos em canal de comunicação, como as redes sociais para nos aproximar dos clientes. Além disso, mantemos uma lista de clientes com os quais estamos em contato direto, enviando fotos dos lançamentos. Chegando coleção nova, seja de roupa ou de outro produto da loja, já mandamos para eles, temos parceria com blogueiras e estamos conseguido sobreviver. Temos entrega via motoboy ou até mesmo de carro que são feitas no mesmo dia da compra. O pagamento também é facilitado, temos Pix, cartões, carnês e contratos que são assinados na casa do cliente. Tudo respeitando as medidas sanitárias de saúde”, avalia.

Para o empresário, o momento é difícil e requer luta. “Entendemos a dificuldade, as incertezas e entendemos que as medidas de saúde devem ser tomadas e não adianta ficar reclamando. Precisamos virar a página e ir à luta, temos capacidade para isso, a solução existe, é preciso ter os pés no chão, sonhar e lutar. O Governo Federal deveria estar apoiando e incentivando as pequenas e médias empresas que são as que mais empregam no país”, aponta.

Thiago Rech é sócio proprietário do Morada Bar, em Volta Redonda. Na cidade do Aço houve também uma determinação da Justiça para os serviços não essenciais fecharem as portas. Ele conta que no final de 2019, implantou o serviço de delivery no bar, algo que na época foi inovador, já que os bares não contavam com esse serviço, apenas os restaurantes e pizzarias. Em 2020 veio à pandemia e o bar conseguiu manter o funcionamento mesmo de portas fechadas, e ainda conquistar novos clientes.  “Demos um pouco de sorte neste quesito, em relação aos que tiveram de implementar o delivery as pressas. Ficamos aproximadamente três meses de portas fechadas, e tivemos de nos adaptar a nova realidade e para isso implementamos medidas de sobrevivência. A primeira delas foi cativar ainda mais nossos clientes pelas redes sociais, e facilitar o atendimento. Outra medida, foi avaliar o cardápio, ver o que era mais rentável, o que tinha mais aceitação do público e enxugamos para melhor atender o cliente, mantendo a qualidade que ele já conhecia no bar físico, durante a entrega. Nos organizamos internamente, aprimoramos o atendimento e conseguimos um bom prazo na entrega”, cita Thiago informando que uma linha especial de hambúrgueres também foi criada.


Além disso, Thiago ressalta que cativar o cliente é o item mais importante de todo o processo. “Mas a questão não só estar online e entregar produtos, é além do serviço, oferecer experiências. Sempre surpreendemos o cliente com um brinde nostalgia como um peão, pega varetas, bolinhas de gude.Também implantamos uma pesquisa online para saber as reais necessidades e opinião dos clientes. Essa é uma tendência que veio para ficar e só tem a crescer. É uma verdadeira mudança de hábito do público que passa confiar cada vez mais no delivery”, enumera.

INOVANDO NA BELEZA

Se é comum a entrega de roupas e comida, a área da beleza é inovadora. Pensando nisso, a cabeleireira Thaissa Andrade de Almeida, proprietária do The Salon, no bairro Goiabal, na iminência de ter novamente as portas fechadas de seu salão por conta do coronavírus, vai investir em serviços de home care e delivery de produtos. “É preciso buscar meios de sobreviver. Quando vi o decreto que iria fechar de novo fiquei preocupada, mas já pensando nas possibilidades. No ano passado, investi no delivery dos produtos, mas não prestei serviço fora do salão. Para este ano a mudança é essa, a cliente terá os produtos em casa, mas também os serviços. Basta agendar que levo tudo o que for necessário para a realização do procedimento. Lembrando que é preciso seguir a risca as medidas sanitárias para que nem a cliente e nem a profissional se contagiem”, destacou.

Para ela, os serviços de beleza são essenciais e mantêm a autoestima feminina. “Oferecemos bons produtos, e serviço de qualidade. A mulher não fica sem arrumar o seu cabelo, sem arrumar as unhas, muitas ficam mal e o salão de beleza promove a autoestima feminina. Essa é adaptação dos novos tempos e os clientes já estão ligando as busca do atendimento em casa. Estamos facilitando pagamento e assim, vamos sobrevivendo a esses tempos difíceis”, conclui.

 

 

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