Volta Redonda
somente nos últimos 30 dias, 17 pessoas procuraram o Procon para denunciarem o ‘Golpe do motoboy’. Para alertar sobre a prática criminosa, o coordenador do órgão, o advogado João Silveira Neto, tem orientado a população como agir. Como a prática configura crime de estelionato, caso o consumidor seja vítima deve procurar a Polícia Civil.
João explica que o crime consiste no golpista se passar por um funcionário de um banco ou administradora de cartões para convencer a vítima a entregar seu cartão para cancelamento, sob a justificativa de que foi clonado ou que há compras suspeitas. Para isso, um dos bandidos se passa por motoboy e vai até a casa da vítima buscar o cartão supostamente clonado.
De acordo com o coordenador, muitas vezes, o golpista informa dados verdadeiros da vítima para passar credibilidade e pede que ela corte o cartão ao meio (preservando o chip) e o entregue junto com a senha ao motoboy; para que o cancelamento seja efetivado. Com isso e os dados das vítimas, os criminosos conseguem realizar compras e efetuar saques. “Esse motoboy, que normalmente é integrante da quadrilha, entrega um recibo, às vezes não, e fala: ‘Para cancelar tem que dar a senha’ e ao fornecê-la a pessoa acaba sendo vítima”, detalha.
Prevenção
Para se prevenir, o coordenador do Procon orientou que as pessoas desconfiem caso recebam ligações deste tipo e não informem a senha, em hipótese alguma. “Jamais dê a senha. Com ela, o falsário consegue fazer o que quiser: compra, empréstimo. Então a melhor maneira de se prevenir é não informando a senha. Se a pessoa receber uma ligação do banco, entre em contato com o número que ela tem da agência. De preferência, ligue para o número do telefone que está no verso do cartão, ou então se tem um relacionamento com o banco, ligue para o gerente”, orienta Silveira Neto.