SUL FLUMINENSE
O desemprego é o principal temor da maioria dos moradores do estado do Rio de Janeiro. Segundo o novo levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), abordando 505 consumidores em todo o estado, mostra aumento no percentual de fluminenses que estão, de alguma forma, com medo de perder o emprego até fevereiro.
Para 64,6% dos cidadãos, esse temor se tornou mais real. No comparativo com a última sondagem, realizada em outubro, é possível observar um acréscimo de cinco pontos percentuais. A sondagem comprova que caiu a confiança dos consumidores na economia brasileira para os próximos três meses. O índice que captura as expectativas caiu de 102,2 pontos em outubro para 95,6 pontos em novembro.
Por outro lado, aumentou marginalmente a confiança na economia fluminense para os próximos três meses dos consumidores. Em outubro, o índice marcou 80,4 pontos enquanto que em novembro o índice subiu para 82 pontos. No Sul Fluminense, o emprego é a meta para quem está fora do mercado e a sua manutenção, o desejo de quem prossegue formalizado. “É um misto de emoção, porque fui demitido em abril, no início da pandemia e consegui emprego em agosto. Então, sei bem o que é ficar fora e agora dentro do mercado de trabalho neste ano louco de pandemia. Tenho vários amigos que ainda tentam um emprego, penso que o pior nessa fase são as poucas oportunidades nas empresas” comenta o técnico de informática Bruno Soares, 26.
Já a auxiliar de esteticista, Naiara Silva, 32, espera o aquecimento do mercado para voltar a ter carteira assinada. “Desde julho estou parada e faço alguns procedimentos mais básicos, como limpeza de pele, em clientes amigas e familiares, em casa. Mas, o ganho fica aquém do valor de um emprego formal e benefícios garantidos. Espero um início de 2021 mais dentro do normal e com emprego” , comenta.
CONSUMO E RENDA
O indicador que mede os gastos com bens duráveis para os próximos três meses aumentou em novembro, talvez influenciado pela Black Friday e pelo Natal. Em outubro, o indicador marcou 109 pontos enquanto que em novembro o indicador havia subido para 112,6 pontos.
Houve redução da confiança dos consumidores fluminenses a respeito da evolução da renda familiar nos próximos três meses. Em outubro, o indicador havia alcançado 90,5 pontos e em novembro caiu para 75,8 pontos. A redução pode estar relacionada à lenta recuperação do mercado de trabalho bem como à redução do auxílio emergencial.
ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA
A pesquisa também constatou que houve aumento do número de fluminenses inadimplentes, o estudo mostra que 18,4% estão inadimplentes, frente aos 16,4% de outubro. O número de cidadãos muito inadimplentes subiu de 8,8% para 12,3%.
Vale ressaltar que 47,3% dos entrevistados responderam que não possuem dívidas a pagar. Em outubro, esse número foi igual a 52,6%. Em relação ao ranking de inadimplência, o cartão de crédito lidera com 50,2%, seguido pelas contas de luz, gás, água, telefone e internet (44,3%), gastos com escola, faculdade e cursos (25,5%) e crédito pessoal (23,9%).