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Variação de preços ao produtor tem alta de 2,37% em setembro

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

A alta de 2,37% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em setembro foi decorrente de avanços em 21 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As quatro maiores variações foram nas atividades de alimentos (5,28%), móveis (4,17%), indústrias extrativas (3,81%) e têxtil (3,56%).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na saída da fábrica, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Com a alta na maioria das atividades, o acumulado no ano atinge 13,46%. Já nos últimos 12 meses a inflação da indústria foi de 15,89%. “Com a alta de 5,28%, alimentos foi o setor com a maior influência entre as 24 atividades analisadas, contribuindo com 1,31 pontos percentuais do índice geral de 2,37%. A atividade já acumula alta no ano de 22,81%. Em 12 meses, acumula 32,60%. É o maior responsável pelo IPP de setembro”, diz Manuel Neto, gerente da pesquisa de IPP.

As atividades de alimentos em alta têm sido percebidas pelos consumidores nos supermercados, principalmente com os preços das carnes, arroz e óleo. “A cada semana a carne sobe. No sábado comprei o quilo do contrafilé por R$ 29,90, sendo que no início da semana paguei R$ 24,90 e não era promoção. O gerente diz que eles acompanham o mercado nacional. Acho errado porque o salário não sobe, somente o custo das mercadorias”, comenta a auxiliar administrativa Carla Machado, 32.

Segundo o IBGE, a variação cambial é um dos fatores para a alta de alimentos. Isso porque os produtos que mais influenciaram foram as carnes bovinas, farelo de soja, arroz, carnes e miudezas de aves. “Muitos desses produtos são exportados, aproveitando o câmbio valorizado. Embora em setembro o real tenha valorizado 1,1%, no ano, o dólar já acumula alta de 31,4%. Com o aumento da exportação, reduz-se a oferta no mercado interno elevando os preços”, analisa Manuel Neto.


As carnes auxiliaram na alta de 5,28% no item alimentação do IPP de setembro – Fábio Guimas

O torneiro mecânico Rubens Farias, 49, critica o preço das compras mensais citando o custo dos alimentos. “Essa alta não é de agora e não me surpreende a elevação mesmo sem frete e impostos. Para nós, que somos os consumidores finais, o preço é ainda mais caro. Para o Natal penso em antecipar o que puder, porque tenho medo de reajustes”, comenta. A economista Patrícia Oliveira recomenda que diante da alta dos itens de alimentação como carne e arroz, o consumidor priorize outros produtos. “Substitua estes itens nas compras. A carne bovina pode ser trocada pela suína ou de aves. O arroz pode dar espaço para o macarrão. É preciso equilibrar e alternar os itens nas compras mensais”, comenta.

INDÚSTRIA EXTRATIVA

O Índice de Preços ao Produtor cita ainda outros destaques na alta de preços da indústria em setembro, como as indústrias extrativas e as de refino de petróleo, outros produtos químicos e metalurgia. A primeira teve alta de 3,81% influenciada por um lado pelo viés de alta do minério de ferro, o que afeta o setor metalúrgico, e pela redução nos preços no óleo bruto de petróleo. No ano, a indústria extrativa registrou aumento de 40,05%; e em 12 meses 36,34%, principalmente devido ao minério de ferro.“Já a queda no óleo bruto de petróleo, afeta os preços de derivados, sobretudo o óleo diesel e a gasolina. Com isso, o refino de petróleo teve uma queda de 2,83% e o acumulado do ano está negativo em 13,97% e o acumulado em 12 meses também em 7,40%”, diz o gerente do IPP.

A atividade de outros produtos químicos é afetada devido ao fato de muitos insumos serem importados afetando o preço da produção nacional. Houve um aumento de 2,03% em setembro, terceira alta consecutiva; acumulando 15,19% em 2020 e 11,24% em 12 meses. “Já a metalurgia foi beneficiada pela redução nas importações do aço, que ficaram caras devido à alta do dólar. Com isso os produtores metalúrgicos nacionais conseguiram dar aumentos aos produtos internos porque a competição com o aço importado reduziu. Outros produtos não relacionados ao aço, como ouro, cobre e alumínio, têm preços internacionais que seguem a Bolsa de Londres”, analisa Souza Neto.

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