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Média de vendas diária com nota fiscal sobe 13,4% em agosto

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

A média diária de vendas no Brasil no mês de agosto atingiu o valor de R$ 26,8 bilhões, o maior patamar entre os meses do ano de 2020. O resultado é 4,4% maior que o de julho deste ano e 13,4% superior no comparativo com agosto de 2019. Nas vendas semanais a recuperação progressiva das vendas no país com as semanas de agosto teve vendas superiores a R$ 175 bilhões e registrou o pico de R$ 210 bilhões na última semana do mês. Os dados são da Receita Federal, que divulgou nesta terça-feira, 22, o Boletim Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

O setor de comércio foi o destaque com a média diária de R$ 10 bilhões em vendas, 1,7% acima do registrado em julho. Parte desse movimento deve-se ao comércio atacadista, que registrou R$ 7 bilhões na média diária de vendas, alta de 1,5% em relação a julho. A indústria registrou uma média diária de vendas de R$ 14,2 bilhões, o equivalente a 5,4% do registrado em julho.

O movimento agregado das notas fiscais eletrônicas capta, principalmente, as vendas entre empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas. No setor do comércio eletrônico, por exemplo, o patamar alcançado no mês de agosto foi o melhor resultado do ano com desempenho de vendas 48,6% superior ao mês de agosto de 2019.


No Sul Fluminense a alta na emissão vem acompanhada da busca pelas compras à distância. Muitos empresários também passaram a explorar as vendas on-line. “Com as portas fechadas em março e abril e funcionários na faixa etária de risco apostamos no delivery. Já emitíamos a nota fiscal eletrônica, que é praxe. Na transição de julho para agosto tivemos evolução de 10% nos pedidos, o que reflete a evolução gradativa desde meados de maio”, comenta Flávio Duarte, 54, empresário do setor de alimentação.

EMISSÃO DE NF-e

Por outro lado, os dados da alta nas vendas com NF-e ressaltam o compromisso com o Fisco. Na região, sejam os microempreendedores formalizados como MEI ou donos de estabelecimentos de médio e grande porte, a NF-e é a regra para conquistar clientes. A contadora Cátia Gouveia, comenta que as empresas estão conscientes de que emitir nota fiscal é fundamental também para evitar o crime de sonegação fiscal. “Para o cliente pode representar a garantia de que aquela empresa ou prestador de serviços é legalizado, cumpre todas as normas. A ação acaba por incentivar indiretamente a fidelidade do cliente. O empresário vende sem nota está sujeita a ser denunciado por infração da Lei 8.137/90, cometendo crime de ordem tributária”, frisa. Não emitir nota fiscal equivale a crime de sonegação com multas e penda de reclusão de dois a cinco anos.

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