SUL FLUMINENSE
Com as medidas de flexibilidade no setor de comércio, cresce gradualmente a economia no estado do Rio de Janeiro, sinalizando uma melhora no ambiente de negócios. É o que mostra a sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), que abordou 517 empresários no estado com o objetivo de acompanhar a situação presente e as expectativas para os próximos três meses. Os segmentos analisados foram o comércio de bens, serviços e turismo, além dos indicadores de endividamento e inadimplência.
Para 38,1% deles, o equivalente a 155 mil empresários ouvidos, é aguardado um aumento na demanda, outros 39,7% acreditam que o consumo se estabilizará e 22,2% ainda esperam alguma diminuição no consumo. Sobre a demanda, nos últimos três meses, 17% informou que melhorou, 13,9% se estabilizou e 69,1% disseram ter diminuído.
NEGÓCIOS
Ainda considerando os três meses passados, a pesquisa do IFec RJ indagou os empresários sobre como está a situação do seu negócio. E 18,6% deles disseram ter melhorado de alguma maneira, para 15,9% ficou igual e para 65,6% piorou ou piorou muito. Dentro do período dos meses anteriores, a sondagem também perguntou como se comportou o número de empregados de suas empresas. Para 6% dos entrevistados aumentou, outros 37,5% informaram que estabilizou e 56,5% disseram ter diminuído de alguma forma.
O levantamento também procurou entender a expectativa com relação ao número de empregados para os próximos três meses. A maioria dos empresários (56,9%) informou que espera uma estabilidade, ou seja, manter o número atual de funcionários. Para 16,6% deve aumentar de alguma maneira. Outros 26,5% ainda acreditam que ocorrerá alguma diminuição. Em Volta Redonda e cidades vizinhas a demanda no comércio tende a crescer pelas vendas de fim de ano, ampliando as contratações. “Vimos que o consumidor está mais confiante e voltando a comprar. O setor de serviços também está reagindo. Muitos segmentos foram bastante impactados”, comentou Gilson de Castro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda, que em agosto retomou o recadastramento de currículos pela Central de Empregos da CDL-VR.
Em Resende, a gerente e sócia-proprietária de uma loja de cosméticos, Márcia Gomes, 37, espera ter ao menos dois funcionários extras par a as vendas até o Natal. “É a meta, claro, tendo o controle da pandemia para não termos novamente horários reduzidos e lojas fechadas. O primeiro semestre foi terrível, espero que as vendas de fim de ano amenize as perdas”, opina.
ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA
Considerando o endividamento de boa parte dos empresários durante a pandemia, a pesquisa do IFec RJ perguntou como os entrevistados consideram que sua empresa ficou nos últimos três meses. Disseram estar endividadas 26,5%; muito endividadas 23,2%, pouco endividadas 21,9% e outros 28,4% responderam não ter ficado endividados.
Apesar de a pesquisa mostrar que 41% dos empresários não terem ficado inadimplentes, 25,3% informaram estar inadimplentes, 13% muito inadimplentes e 20,7% pouco inadimplentes.