ANGRA DOS REIS
Moradores de Angra fizeram contato com o A VOZ DA CIDADE para denunciar o descaso do poder público com a Escola Áurea Pires da Gama, que fica na Rodovia Rio-Santos, Km 505, no bairro Bracuhy. Entre as queixas estão de que o local está abandonado, já foi invadido por criminosos e constantemente fica sem luz, sendo necessário cancelar as aulas. A prefeitura diz que recebe denúncia com estranheza, defendendo que a mesma passou por reforma recentemente e que será cobrado mais policiamento no local.
“A Secretaria de Educação já esteve aqui, conversou com os pais, prometeu agir e até agora…”, disse um denunciante, que preferiu não se identificar. “A escola já foi invadida diversas vezes, já cansaram de roubar a cozinha, a cantina, já colocaram fogo numa sala de aula e, semana passada, uma professora sofreu um sequestro relâmpago ao sair da instituição”, contou um morador. “Fora a falta de material de todos os tipos, além da fossa que não comporta a quantidade de alunos e o problema das quedas constantes de energia que ocorrem desde a obra de ampliação do prédio (2004)”, disse.
Outro denunciante afirmou que por conta das constantes quedas de energia, muitas vezes os próprios funcionários compram lâmpadas; assim como pais de alunos. “A rede não comporta. Lâmpadas queimam todo o tempo. Existia uma sala de informática, que era muito útil para pesquisa com os alunos. Mas todos os computadores queimaram. Várias salas ficam semanalmente sem luz, muitas vezes os próprios funcionários e alunos da EJA que providenciam lâmpadas e as trocam”, contou.
O denunciante afirma ainda, que a fossa é outro problema. Ele explica que vive dando vazamento deixando o esgoto à vista. O cheiro é insuportável. “Há anos pedimos uma solução, mas entra Secretaria e sai Secretaria de Educação e nada. Afirmam para nós que depende da secretaria de Obras; quando entramos em contato, a Obras diz que depende da secretaria de Educação. E a fossa continua lá. Quando chove ela contamina a água que vai para o bebedouro, as crianças não podem beber água”, contou. “Pais já nos relataram que crianças chegaram em casa passando mal por segurar a urina com nojo de ir ao banheiro”, frisou.
A pessoa disse também que a escola recebeu materiais da Secretaria de Educação que são insuficientes para a manutenção dos trabalhos. “Falta itens básicos como material de limpeza. A escola fica frequentemente suja por conta da falta desse material”, concluiu. . “Estamos abandonados e pedimos socorro”.
PREFEITURA NEGA, MAS DIZ QUE VAI AJUDAR
O A VOZ DA CIDADE fez contato com a Prefeitura de Angra e a mesma, por meio de sua assessoria, informou que a escola foi alvo da atenção da atual gestão, tanto que passou por uma reforma recentemente. “Na unidade, os banheiros foram revitalizados e o prédio todo, tanto interna quanto externamente, foi pintado. Além disso, a secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia também solicitou ao Serviço Autônomo de Captação de Água e Tratamento de Esgoto (SAAE), que realizou a limpeza geral da fossa e vem fazendo a manutenção de todo o sistema de esgoto da escola”, garantiu a prefeitura.
Quanto à violência, a prefeitura esclarece que não há nenhum registro de violência dentro da escola, mas sim em seu entorno. E quanto a este item, a atribuição é exclusivamente da Polícia Militar, que é gerenciada pelo governo do estado. “Mesmo assim, o prefeito Fernando Jordão determinou que se investisse na segurança, bancando com recursos próprios o programa de Integração na Segurança (PROEIS), aumentando em 22 o número de efetivos da PM na cidade”, afirmou.
“A Superintendência de Segurança Pública também retomou recentemente (setembro) com o programa de rondas escolar e patrimonial, principalmente nas unidades em que há registro maior de violência”, finalizou a prefeitura.