BARRA MANSA
Ainda não há comprovação científica de que o animal transmita a Covid-19, contudo, a pessoa infectada ao espirrar ou tossir, pode espalhar o vírus na pelagem do animal. Por esse motivo, muitos se questionam qual a melhor forma de levar o cachorro para passear, uma vez que, se o pelo estiver contaminado e outra pessoa o tocar, não há garantia de que não haverá transmissão. Nesse momento de incertezas, todo cuidado faz a diferença para evitar o contágio. O A VOZ DA CIDADE conversou com a Médica Veterinária de Barra Mansa, Rita de Kassia Nunes de Souza, que deu algumas dicas de qual a melhor forma de higienizar o pet ao retornar da rua. Segundo ela, alguns animais já têm o costume de sair para passear e conseguem fazer as necessidades fisiológicas apenas neste momento, por isso, cortar abruptamente esta rotina pode prejudicá-lo.
Entre os cuidados básicos estão a higiene das patas sempre que retornar da rua, com água e shampoo específico para os pets. Segundo a veterinária, colocar sapatinhos nos cachorros não é algo recomendado. “O animal transpira pelos ‘coxins’, que são aquelas almofadinhas da sola da pata, e o uso dos sapatinhos acaba atrapalhando esse processo de transpiração dos cães e dificulta a perda de calor”, destacou, acrescentando que se o animal tiver pelo longo, é recomendável tosar. “O passeio acaba carreando mais a sujidade nos pelos”, afirmou.
De acordo com a especialista, pode-se utilizar, além do shampoo de costume do animal, um lenço umedecido. “Eu não recomendo muito o uso de álcool em gel ou álcool líquido, pois pode causar ressecamento no animal”, ratificou.
“Dar muito banho no animal também não é algo recomendável. Isso deve ser feito com no mínimo sete dias de intervalo. Intervalos menores pode tirar toda a proteção da pele do cão, o que pode causar doenças dermatológicas”, expôs, destacando que é importante também lavar e secar bem o pelo.
O contato com outros animais na rua também deve ser algo evitado. “Isso é recomendável também porque alguns animais não são tão amigáveis, então o correto é estar com seu animalzinho na coleira, nunca solto, pois evita acidentes e outras situações”, disse, explicando que é importante evitar que o animal cheire as coisas no chão. “Isso é importante também para evitar que o cão tenha contato com substâncias venenosas ou alimentos deteriorados, como o lixo, que possam ocasionar intoxicações e envenenamentos”, expôs.
Rita ainda lembrou que, algumas rotinas devem ser cortadas para evitar sair de casa durante este período de pandemia, mas para alguns animais isso pode ser mais complicado. “Alguns só fazem xixi e cocô na rua e cortar o passeio seria algo impossível. Então o recomendado é ir em horas com menos movimento, pois a falta dessa rotina pode levar o cão a um quadro de estresse, já que estão adaptados a isso”, disse.
“Os animais atualmente estão fazendo cada vez mais parte da vida das pessoas, se tornando membros da família, portanto esses cuidados são importantíssimos para evitar até mesmo que eles adoeçam”, explicou, concluindo que o acompanhamento médico veterinário que pode orientar a melhor forma de cuidados, de acordo com a rotina de cada animal.