SUL FLUMINENSE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), dado prévio da inflação do mês foi divulgado nesta terça-feira, dia 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de 0,23% foi influenciado pelos preços dos combustíveis. Segundo o IBGE, os preços dos combustíveis subiram 2,31% e pressionaram a prévia da inflação. O maior impacto individual veio da gasolina, com alta de 2,63%. O óleo diesel (3,58%) e o gás veicular (0,47%) também tiveram aumento nos preços, enquanto o etanol apresentou queda de 0,28%.
Os dados do IPCA-15 têm abrangência nacional, mas refletem também a prática de preços dos combustíveis no Sul Fluminense. Desde o dia 23 o levantamento semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está sem atualizações devido ao término da vigência do atual contrato celebrado com a empresa responsável pela pesquisa. Novo contrato já foi assinado e entrará em vigor a partir de 8 de setembro, sendo a próxima publicação de dados de preços ao consumidor final (revenda) prevista para 14 de setembro.
Portanto, os dados referentes ao mais recente levantamento de preços realizados na região, entre os dias 16 e 22 desse mês, indicam que o litro da gasolina comum tem preço variando de R$4,499 a R$4,959 no município de Barra Mansa, com a pesquisa abrangendo 13 postos. Em Resende, com oito estabelecimentos pesquisados, a ANP indica o valor do litro da gasolina variando entre R$4,499 e R$4,799.
Em Volta Redonda, o valor médio do litro da gasolina é de R$4,824, sendo o valor mínimo de R$4,599 e o mais elevado de R$4,929 com a pesquisa abrangendo 11 postos. “É um preço que insistem em afirmar que está estável, que não sobe faz dias, mas a cada virada de mês sentimos uma alteração. Tenho convicção que deve mesmo influenciar na inflação, pois o que mais sobe nesse país é o preço da gasolina e da comida”, opina o motorista de aplicativo Cristiano Santos, 46.
Na lista dos setores que também influenciaram na prévia da inflação de agosto constam os Transportes com alta de 0,75%, seguido dos artigos de residência, como eletrodomésticos e equipamentos com alta de 0,88%. Também tiveram alta os preços dos produtos e serviços de Comunicação (0,86%) e Alimentação e bebidas (0,34%).
O IBGE registrou alta nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%) e frutas (2,47%), os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,61%. Outros produtos importantes na cesta das famílias, como o arroz (2,22%) e o pão francês (0,99%), também subiram. “A quarentena tem mantido praticamente toda a família em casa e o consumo de alimentos e energia elétrica subiram. A carne, por exemplo, segue cara em tenho optado por pedaços de frango e carne de porco”, comenta a dona de casa Maria Lúcia de Paula, 59.
O IPCA-15 de agosto indicou que devido aos reajustes tarifários, a energia elétrica sentiu elevação de 1,61%, pressionando o grupo Habitação (0,57%).