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Slam Viral: batalha virtual reúne poetas de sete países no domingo

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

O Centro Cultural Fundação CSN em parceria com os coletivos de Slams de várias partes do Brasil chamado de Slam Viral reúne neste domingo, dia 2, às 17 horas, 14 poetas de Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Portugal, Cabo Verde e Brasil para a final internacional da batalha de poesia falada.

O primeiro, segundo e terceiro colocados serão premiados com R$ 300, R$ 200 e R$ 100 e terão seus versos publicados em um livro. A competição trará ao público poesias em português e crioulo ­– língua nascida da mistura entre os idiomas de povos africanos com o português – com tradução.

A quarta e última edição contará com a participação de Roberta Estrela D’alva, poeta e organizadora do Slam Viral nacional. Ela trará uma reflexão sobre a batalha neste novo cenário, que reuniu no início de julho poetas de 18 estados brasileiros, e de quebra irá recitar uma poesia para o público.

A cantora e compositora mineira Bia Ferreira, que conquistou o Brasil com a canção “Cota não é esmola”, canto de resistência antirracista, também irá recitar seus versos durante a live. Acompanhada de uma banda majoritariamente feminina e preta, sua música e voz têm ecoado por diversos países, incluindo Alemanha, Portugal, Espanha, França e México.

O Slam Viral é um projeto interestadual que surgiu integralmente em contexto digital. No entanto, diferente de batalhas tradicionais de slam, nunca ocupou ruas, praças, nem reuniu fisicamente pessoas interessadas em poesia.

Esse tipo de campeonato de poesia falada tem ganhado força como instrumento de construção da identidade periférica e se tornou um espaço de fala, no qual a juventude expressa angústias, expectativas e críticas sociais. Nos eventos, artistas apresentam poesias autorais, recebem notas e, dessa forma, elege-se um vencedor ou vencedora.

Na Fundação CSN, a poesia slam é utilizada de forma muito potente para trabalhar temáticas do cotidiano dos educandos no projeto Garoto Cidadão. No contexto atual, foi possível trazer a linguagem também para as ações do Centro Cultural Virtual, dentro da agenda “Fora do Eixo”.

“Usamos o Slam no Garoto Cidadão há bastante tempo e percebemos a potência desta linguagem. Apoiamos os coletivos do Brasil reunidos no Slam Viral e achei bem inovador a forma que organizaram o um Slam virtual, conseguiram a participação de artistas de 18 estados brasileiros e também contar com a participação de artistas internacionais. Isso mostra a importância e representatividade dessa linguagem para os jovens”, avalia Helder Oliveira, supervisor pedagógico da Fundação CSN.

A agenda “Fora do Eixo” é uma extensão do trabalho realizado no Centro Cultural em Volta Redonda (RJ). Busca acolher pela web ações da cultura popular de artistas locais e também artistas de outras regiões do Brasil. A programação é composta por exposições virtuais, lives, podcasts, oficinas, documentários, dentre outras ações, e dá visibilidade para linguagens presentes nas periferias das grandes cidades e em locais fora eixo Rio-São Paulo.

Chico Cesar, um dos organizadores do Slam Viral, destaca a importância de entender que a poesia é um antídoto para combater os efeitos do isolamento causado pelo coronavírus e que essa cura está se espalhando pelo mundo”.

O Centro Cultural Fundação CSN conta patrocínio master da CSN e patrocínio da MRS e Grupo Sotreq por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Confira os poetas participantes:

Rool Cerqueira, 22 anos, Salvador – Brasil

Nzola Kuzedíua, 26 anos, Luanda – Angola

Revoltada, 20 anos, Maputo – Moçambique


Jap Pires, 28 anos, Praia – Cabo Verde

MatriarcAK, 24 anos, São Paulo – Brasil

Sankofa Poetisa, 25 anos, Luanda – Angola

Marina Ferraz, 31 anos, Lisboa – Portugal

MC Karboss, 27 anos, São Tomé e Príncipe

Cjey Patronato, 22 anos, Praia – Cabo Verde

O Jornaletra, 21 anos, Maputo – Moçambique

Kedy, 34 anos, Lisboa – São Tomé e Príncipe

Marinho Pina, 38 anos, Sonaco – Guiné-Bissau

Dumper, 39 anos – Guiné-Bissau

Paulo Vaz, 31 anos, Ponte de Sor – Portugal

Sobre a Fundação CSN 

A Fundação CSN executa as ações de responsabilidade social do Grupo CSN e tem o compromisso de transformar vidas e comunidades por meio do desenvolvimento social, educacional e cultural.

Atua a partir de recursos gerados com a administração de ativos de propriedade da CSN, como o Hotel-escola Bela Vista, em Volta Redonda (RJ), e o Centro de Educação Tecnológica, em Congonhas (MG), e também conta com patrocínio de parceiros através de leis de incentivo fiscal.

Realiza projetos de execução direta em educação e cultura nas principais cidades onde a CSN tem unidades de negócio. Entre eles, o Garoto Cidadão, Capacitar Hotelaria e Serviços, Ganhar o Mundo, Programa Jovem Aprendiz e PEA (Programa de Educação Ambiental).

Ainda dá suporte à CSN com a curadoria, seleção e acompanhamento técnico de projetos de entidades terceiras que recebem patrocínio da Companhia através de leis de incentivo fiscal, ampliando assim sua atuação social. Em 2019, foram aportados aproximadamente R$30 milhões para 72 projetos nas áreas da cultura, educação, esporte, saúde, criança e adolescente e idoso.

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