VOLTA REDONDA
Autor da Lei 5.335 que obriga empresas a contratarem prioritariamente moradores da cidade, o vereador Rodrigo Furtado se reuniu recentemente na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-VR) para explicá-la, durante o Fórum Permanente das Entidades Empresariais do município. O objetivo foi discutir as consequências da imposição para os empresários do município.
Vale lembrar que a lei em questão tem como emenda a obrigatoriedade das empresas prestadoras de serviços, em Volta Redonda, a contratarem e manterem pelo menos 70% do seu quadro composto por trabalhadores domiciliados na cidade. Para o presidente do Fórum, Evandro Queiroz Glória, a imposição atrapalha o desenvolvimento do setor privado e, como consequência, dificulta a geração de empregos.
Queiroz acrescentou que o que foi debatido foi a inteligência tributária. “O momento econômico que estamos vivendo é extremamente complicado. Só quem gere uma empresa consegue compreender o peso que essa imposição tem”, disse, lembrando que o que gostaria é que essa lei viesse como uma forma de incentivar o empresário a priorizar a mão de obra local e não puni-lo por suas escolhas de contratação. Para ele, o setor privado deve ter autonomia em questões administrativas e operacionais e que o Estado não tem que fazer esse tipo de intervenção, pois não é de sua competência.
Segundo garantiu o autor da proposição, a principal finalidade é ajudar a solucionar o problema do desemprego e a utilizar a grande oferta de mão de obra já existente no município. Lembrou ainda que a mão de obra especializada não entra na porcentagem determinada pela Lei. “Mas é importante que se dê prioridade para os trabalhadores volta-redondenses, para que o dinheiro gerado aqui fique na cidade, criando ainda mais empregos indiretos”, destacou o vereador, que se comprometeu a estudar todas as propostas citadas na reunião.