VOLTA REDONDA
Há cerca de 20 dias o ex-deputado estadual Edson Albertassi (MDB) está em sua casa em Volta Redonda. Após dois anos e quatro meses preso em Bangu, no Rio, foi um dos beneficiados com a decisão da Justiça de liberar para regime domiciliar os presos que não causam perigo à sociedade por conta da pandemia do coronavírus. Albertassi já tinha conseguido em fevereiro o direito ao regime semiaberto e aguardava decisão sobre qual unidade prisional seria compatível com o regime fixado. Ao mesmo tempo, os seus advogados estavam tentando conseguir a prisão domiciliar.
Segundo informações, o ex-deputado teria sido liberado por 30 dias e conseguiu a renovação por mais 30. A Vara de Execuções Penais do Rio dispensou mais de dois mil presos que realizavam trabalho extramuros de voltar a prisão pelo prazo de 30 dias.
Albertassi foi preso em novembro de 2017 na Operação Cadeia Velha, assim como os ex-deputados Paulo Melo e Jorge Picciani, todos do MDB. Eles forma acusados de um esquema de distribuição de propinas entre parlamentares na Alerj. Albertassi era o único que ainda permanecia na cadeia. Picciani conseguiu prisão domiciliar por conta do seu estado de saúde e Paulo Melo, saiu no início deste ano, para cumprir o semiaberto.
Em março do ano passado o Tribunal Regional Federal da 2a Regiao (TRF-2) condenou, por unanimidade, os ex-deputados. Picciani foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa a 21 anos de prisão, além de 564 dias-multa, que totalizam R$ 11,5 milhões. Melo recebeu pena de 12 anos e cinco meses e multa de cerca de R$ 7 milhões por corrupção passiva e organização criminosa. Os mesmos crimes serviram para condenar Edson Albertassi a 13 anos e quatro meses de prisão e a pagar multa de R$ 5,8 milhões.