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Sassaricando – Oscar Nora – 29 de janeiro de 2020

Por Andre

Foto: Divulgação

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Não fiquei surpreso ao ler que Kobe Bryant, astro do basquete norte-americano morto na queda do seu helicóptero no último domingo, várias vezes suportou dores físicas incríveis jogando pelo Lakers. Os atletas, principalmente em esportes coletivos, convivem sempre com problemas desse tipo.
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Foto: Divulgação/Los Angeles Lakers

Certa vez, Kobe atuou com o dedo indicador (essencial para o arremesso) fraturado quando conquistou o titulo nacional de 2010. Em 2008, nas semifinais da costa oeste, permaneceu em quadra mesmo lesionado por uma distensão nas costas. Em 2013 rompeu o tendão de Aquiles ao sofrer uma falta. Mesmo mancando bateu os lances livres decisivos para classificação da sua equipe à fase do mata-mata na NBA.
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Anos antes, após sofrer grave torção no tornozelo esquerdo, nas finais de 2000, foi obrigado a sair para ser medicado. Mas antes de estar completamente curado voltou para a quarta partida e comandou a vitória da sua equipe. Para finalizar a odisseia médica do Kobe, seu joelho direito o obrigou a várias cirurgias durante a carreira. Inúmeras vezes, antes de uma partida, fazia dolorosas drenagens do inchaço no joelho que, àquela altura, não tinha mais cartilagem.
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Foto: Divulgação

Meu amigo e companheiro de trabalho, o ex-zagueiro Edinho Silva, hoje bem sucedido comunicador e publicitário, também passou pelo perrengue tipo Kobe. Ao longo da sua brilhante carreira no Volta Redonda, bases do Vasco e do Botafogo, octacampeão no Joinville, Juventude, Tuna Luso, Guarani de São Paulo e outras equipes conquistou títulos, amigos, admiradores e lesões físicas.
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Durante um treino do Volta Redonda teve uma colisão de cabeça com o volante Léo e caiu desmaiado. Passou três dias internado no hospital em observação médica. Felizmente não houve sequela. Fisicamente forte, ao longo da profissão Edinho suportou com altivez os trancos de quem joga na posição de zagueiro. Mas sofreu e sofre até hoje com o joelho direito.
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Após uma das cirurgias, tomei um susto ao visitar o Edinho. No líquido do vidro que sua esposa Amélia mostrou, navegava impávido um pedaço de cartilagem de uns 10 centímetros de comprimento por uns três de largura. Recentemente, em nova cirurgia, meu amigo esteve próximo de uma cruel consequência, felizmente superada.
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Anos atrás a Fifa passou a exigir as caneleiras como equipamento obrigatório nos uniformes dos jogadores. Talvez, de fato, esteja ajudando arranhões na canela. Não sei. Mas, nos relatos que faço das partidas de futebol, tenho observado o crescimento dos choques de contato na cabeça. Muitos deles provocando cortes e fraturas.
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O futebol praticado hoje em dia é bem diferente do futebol de antigamente na forma de se jogar, nas táticas aplicadas pelos treinadores, no vigor físico dos atletas, no número de partidas de futebol de cada time. Não só o futebol como também o basquete, as duas modalidades de esporte coletivo com contato direto.
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A ergonometria talvez possa ajudar o esporte e seus atletas. Ciência que combina as características físicas do corpo humano, a fisiologia e fatores psicológicos, a fim de incrementar a relação existente entre o meio ambiente e seus usuários, ela certamente terá respostas e sugestões adequadas.

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