BARRA MANSA
As fortes chuvas dos últimos três dias que atingem o município desde sexta-feira, dia 10, culminaram em uma série de transtornos em Barra Mansa. Dentre os bairros mais afetados estão o Boa Sorte, Nova Esperança, Colônia Santo Antônio, Siderlândia e Barbará, na altura da Via Sérgio Braga. O prefeito Rodrigo Drable se reuniu na manhã desta segunda-feira dia 13, com representantes das secretarias de Manutenção Urbana, de Assistência Social e Direitos Humanos, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e da Defesa Civil, para traçar estratégias de ação que visam reduzir esses problemas durante os próximos temporais.
Segundo a Defesa Civil, apenas no domingo, dia 12, foram registrados 103 milímetros de chuva, sendo 80 milímetros em um período de 1h30min. Nesse dia os bairros mais prejudicados foram o Vila Coringa, Ano Bom, Vila Orlandélia, Bocaininha, Monte Cristo e toda a região da Colônia. De acordo com o coordenador do órgão, Sérgio Mendes, nessas localidades houve interdições de oito imóveis, no qual os desalojados estão na casa de familiares. “Ainda há previsão de chuva para essa semana, por isso reforçamos que em caso de risco de alagamento procurar o ponto de apoio mais próximo de suas residências”, acrescentou.
Ainda nesta segunda-feira, mais de 90 homens do Saae se dividiram nos bairros para realizar a raspagem e retirada da lama e entulho, desentupimento de bueiros e lavagem das vias. As equipes contam com o auxílio de duas retroescavadeiras, seis caminhões basculantes e três caminhões carroceria. De acordo com o diretor executivo do Saae, Fanuel Fernando, pela manhã foi realizada a abertura da galeria do Rio Bananal, na altura do bairro Bocaininha. “Isso é para um melhor escoamento do rio, reduzindo a possibilidade de seu transbordamento”, explicou.
Além disso, a Secretaria de Manutenção Urbana está trabalhando na retirada de barreiras no distrito de Rialto, na Avenida Sérgio Braga, e na Avenida Perimetral, no bairro Colônia Santo Antônio, onde também está normalizando o sistema de drenagem de água pluvial, através da retirada de entulhos. Os serviços estão sendo realizado de acordo com a emergência de cada situação.
Assistência às famílias
A secretária de Assistente Social Ruth Coutinho esteve presente no bairro Colônia, fazendo um trabalho integrado a Defesa Civil, com visita às casas com risco de deslizamento de terra. “Na última sexta-feira, dia 10, iniciamos a distribuição de cestas básicas para todas as famílias que solicitaram e realmente tinham necessidades. Nossa equipe se reuniu para elaborarmos novas fichas de cadastros e declaração de recebimento de auxílio pela Assistência. Estamos aguardando a doação de 150 colchões pela Defesa Civil Estadual. Também estamos recebemos doações de colchão, cestas básicas, móveis, água, material de limpeza e roupas de cama e de banho”, explicou Rutinha.
As equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) percorreram as margens dos rios Barra Mansa e afluentes, Bocaina e do Córrego Laranjeiras, com o objetivo de incluí-los no programa Limpa Rio, visando minimizar as enchentes nas localidades. O próximo encontro ficou definido para a quarta-feira, dia 15, na sede do instituto.
Pedido de contribuição aos moradores
De acordo com Rodrigo Drable, que acompanhou o nivelamento do Rio Bananal, no bairro Colônia, o que de fato ocasionou o alagamento foram algumas intervenções de moradores. “Lógico que eu entendo que esses serviços não foram feitos com intenção de causar esse problema, já que os próprios residentes são os mais afetados”, disse, acrescentando que foi identificado uma quantidade significativa de entulhos, como por exemplo, pneus jogados na galeria do rio. “A praça que inauguramos na Colônia foi extremamente prejudicada. Teremos que gastar um bom dinheiro para recuperar o espaço, pois debaixo da praça há uma galeria que ficou entupida por conta de acumulo de pneus”, contou.
O prefeito de Barra Mansa fez questão de deixar um apelo à população. “Eu peço encarecidamente que as pessoas usem mais a consciência. Não adianta as equipes agirem com prontidão para resolver os danos causados pelas chuvas se os problemas forem estimulados pela ação humana. Peço também a compreensão e a participação de todos no enfrentamento e na busca de soluções nesse contexto que temos enfrentado”, concluiu.