RIO
Voltaram sábado para Bangu 8, no Rio de Janeiro, os ex-deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi. Eles tinham sido soltos na sexta-feira, mas por um erro da Justiça, ganharam habeas corpus. No mesmo dia foi determinada a prisão dos mesmos. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região informou que houve um erro técnico no alvará de soltura. Logo após a libertação, o desembargador federal Paulo Espírito Santo, do TRF-2, determinou a expedição de alvarás retificados e ordenou que os ex-deputados retornassem à prisão.
Eles tinham recebido habeas corpus por conta da Operação Furna da Onça, mas continuaram presos porque tinham outra prisão preventiva decretada por conta de outra operação, a Cadeia Velha, onde já foram até condenados pela Justiça. O erro foi porque, por engano, o TRF2 incluiu o número do processo da Cadeia Velha, como se tivesse estendido a decisão para a outra operação.
Acusações
Edson Albertassi é citado em duas operações – Cadeia Velha e Furna da Onça, por corrupção e organização criminosa. Nesse ano, em março, ele, Paulo Melo e Jorge Picciani, ex-deputados presos também na Cadeia Velha, foram condenados pelo TRF2. A pena de Albertassi foi de 13 anos e quatro meses. A decisão cabe recurso. Não há condenação ainda no processo da Operação Furna da Onça.
A operação Cadeia Velha ocorreu em novembro de 2017, apurou pagamentos de propina pela Fetranspor e teve Picciani, Albertassi e Paulo Melo como alvos. A Furna da Onça expandiu as investigações da Cadeia Velha, aconteceu um ano depois e levou outros sete deputados para a prisão.
SEMIABERTO
Paulo Melo seguirá para uma unidade que será definida pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), onde cumprirá o regime semiaberto, ao qual teve direito no início da semana. Questionado se Edson Albertasi também poderia entrar no regime semiaberto, um dos advogados informou que o mesmo já tem tempo progressivo para usufruir da medida, aguardando apenas autorização judicial.