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VW Caminhões e Ônibus eleva para 28,5% as vendas em 2020

Por Idel Pinheiro
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RESENDE

Com aumento de 2,1 pontos percentuais na participação de mercado, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) registrou 25.586 caminhões emplacados de suas marcas Volkswagen e MAN em 2020, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo a empresa, isso representa uma ampliação na sua fatia nas vendas do setor, que passou de 26,4% em 2019 para 28,5% no último ano. E seus veículos estão entre os favoritos dos brasileiros: a empresa responde pelo modelo mais vendido em três dos cinco segmentos de caminhões.

Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, comentou que este é um cenário  positivo especialmente diante da conjuntura da economia global, fazendo alusão à pandemia do coronavírus em 2020. “Enquanto o mercado total de caminhões caiu mais de 10%, conseguimos expandir nossa participação entre as unidades vendidas e registramos uma queda bem inferior, ficando com vendas apenas 4,3% menores em 2020 com relação ao ano anterior”, avalia

Somam-se aos resultados da montadora em 2020 a comercialização de mais 3.381 unidades do Delivery Express, enquadrado como comercial leve. Dessa forma, no cômputo geral do ano, a VWCO fechou com 28.967 novos veículos para o transporte de cargas, considerando desde o leve Delivery Express aos pesados VW Meteor e  MAN TGX.  Para este ano, as perspectivas são positivas: segundo a Anfavea, as vendas de caminhões devem aumentar em torno de 13%. “Estamos confiantes na retomada do mercado, pois há espaço para crescer diante dos indicadores econômicos registrados em 2020 e as perspectivas para setores como o agronegócio, o e-commerce e a construção civil. Nosso otimismo é reforçado também em virtude da nossa entrada definitiva no segmento de extrapesados com a marca VW, que já vem conquistando clientes desde seu lançamento no último trimestre de 2020”, afirma Roberto Cortes.

O CEO da VWCO, Roberto Cortes, está otimista com o cenário do mercado – Divulgação

OS MAIS VENDIDOS

Dentro do seu segmento competitivo que considera também comerciais leves chassi-cabine acima de três toneladas, a VWCO é a única a emplacar quatro modelos entre os favoritos do mercado brasileiro. Assim como em 2019, os Delivery Express, 9.170 e 11.180, além do Constellation 24.280, se mantiveram entre os dez mais vendidos.

Como segundo modelo mais emplacado do ano no ranking que considera desde comerciais leves chassi-cabine acima de três toneladas a caminhões pesados, o Delivery 11.180 teve 4.458 unidades adquiridas, sendo o preferido entre os médios. Favorito entre os semipesados, o Constellation 24.280 conquista a quarta posição do ranking, com 3.577 caminhões.

O Delivery Express também subiu posições e é o quinto modelo mais vendido, com 3.381 unidades. Já o Delivery 9.170, com 3.199 caminhões emplacados, fechou o ano no topo das vendas dos leves e na sétima colocação do balanço geral.


MERCADO EXTERIOR      

A VW Caminhões e Ônibus também venceu obstáculos no panorama mundial. Na Argentina, que voltou a ser o principal destino internacional dos veículos da marca, a VWCO é a terceira fabricante em vendas e o Constellation 17.280 está na segunda posição do ranking dos favoritos, de acordo com dados oficiais da associação de concessionárias do país.  O modelo, aliás, domina os embarques, entre os caminhões VW, para todos os países em que a VWCO atua.

No balanço de 2020, a empresa também lidera as vendas de caminhões acima de seis toneladas no Uruguai e conquistou a vice-liderança com caminhões novos das marcas VW e MAN no Chile. Em países como Guatemala e Costa Rica, a VWCO aproveitou as oportunidades para crescer suas exportações destinadas ao transporte de cargas.

Venda de veículos no país fecha 2020 com queda de 26,2%

Enquanto a Volks teve um ano próspero, o restante do mercado automotivo encerrou 2020 amargando o maior tombo em cinco anos. Porém, com o pico em 12 meses apresentado em dezembro, as vendas de veículos novos no país acabaram sendo melhores do que o volume previsto pelas montadoras.

Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, o total emplacado no ano passado foi de 2,06 milhões de unidades, 26,2% abaixo das vendas de 2019. Trata-se de um recuo não observado desde 2015, quando a queda do setor, em meio à recessão brasileira, chegou a 26,6%.

A Anfavea, entidade que representa os fabricantes, tinha, contudo, uma previsão pior, com o mercado fechando o ano em 1,92 milhão de unidades, o que seria uma queda de 31%. O resultado final de 2020 teve a contribuição positiva de dezembro, mês em que as concessionárias entregaram 244 mil veículos, o melhor resultado nos 12 meses do ano passado.

Na comparação com novembro, que era o recorde do ano, as vendas subiram 8,4%. Apesar disso, o consumo continuou abaixo dos números do ano anterior: queda de 7,1% em relação aos emplacamentos de dezembro de 2019.

Na reta final do ano, a falta de peças limitou a produção, que já tinha como entrave os protocolos de prevenção à covid-19, que obrigam as fábricas a operar com menos operários simultaneamente. Com isso, a indústria não consegue acelerar o ritmo para atender plenamente a fila de espera que se formou, sobretudo, entre clientes de frotas, como as locadoras.

 

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