Voto  facultativo: Jovens e idosos comparecem as urnas neste domingo, dia 2

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BARRA MANSA/ VOLTA REDONDA

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o eleitorado brasileiro em 2022 é 6,21% maior que o registrado em 2018, ou seja, são mais de 156 milhões de cidadãos aptos a votar nas eleições deste ano. Um dos maiores aumentos registrados foi no número de jovens entre 16 e 17 anos, cujo voto é facultativo.

Nas eleições deste ano, 2,1 milhões de jovens nessa faixa etária poderão votar. Em 2018, eram 1,4 milhão. O crescimento equivale a 51,13% nessa faixa etária do eleitorado. Segundo o TSE quase a totalidade dos eleitores jovens que vão votar em 2022 fez cadastro na Justiça Eleitoral nos quatro primeiros meses deste ano, graças a campanhas promovidas para conscientizar os jovens do seu direito.

Uma dessas jovens é a estudante Emilly Cristina de Souza, 17 anos. “Votar é exercer o papel de cidadania, assisti a programas eleitorais, pesquisei na internet e, claro, peguei uma cola com os meus pais. Além disso, bateu uma curiosidade de saber como é a urna, estou ansiosa por esse momento”, cita a estudante.

Quem também votou pela primeira vez é a estudante Vitória Picchi, também de 17 anos. “Votar é colaborar para melhorar a situação do meu país, daí a importância do ato. Para escolher meus candidatos, acompanhei as postagens pelas redes sociais, pesquisei e decidi”.

Se os jovens estão exercendo o seu papel, eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de 23,82%, de 12 milhões em 2018 para 14,8 milhões em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar. O voto nessa faixa etária também é facultativo, assim como acontece com os jovens e os analfabetos.

O casal João Carlos e Maria do Carmo, de 80 e 83 anos, estão casados há 55 anos e não deixam de votar. “É importante esse ato de cidadania, como posso cobrar pelos meus direitos se eu não votei? Conheço meus candidatos e posso bater na porta deles e cobrar caso sejam eleitos”, destaca, João Carlos.

A aposentada Ivana Helena de Souza, 73 anos, também não deixa de votar. “Quero continuar exercendo meu papel de cidadã, e o voto é o principal deles. Anotei tudo no papel, acordei cedo e vim para evitar grandes filas”, cita.

Perfil

De acordo com o TSE, entre os eleitores, a maior parte é de mulheres. São 82,3 milhões de eleitoras, 52,65% do total. Já os homens são 74 milhões, 47,33%. Outros 36,7 mil votantes não declararam gênero, num total de 0,02%. Esta é a terceira eleição na qual a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome (como preferem ser chamados) impresso no título de eleitor e no caderno de votação. No total, 37,6 mil eleitores fizeram essa solicitação.

No quesito escolaridade, os dados do Cadastro Eleitoral mostram que a maior parcela do eleitorado, 23,31%, é de pessoas que declararam possuir o ensino médio completo. Nas eleições de 2018 e 2014, a principal faixa do eleitorado era aquela composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto. Em 2022, essa faixa do eleitorado corresponde a 22,97% total. Eleitores com ensino médio incompleto são 16,65% e com ensino superior completo são 10,95%.

O número de eleitores que declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida cresceu 35,27%, passando 939,9 mil em 2018 para 1,27 milhão em 2022.

 

 

 

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