Voluntária do Grupo de Mãos Dadas testemunha terceira cura do câncer durante ação na Oncobarra em Barra Mansa

Por Carol Macedo

BARRA MANSA

A manhã desta quinta-feira, dia 21, foi especial para a equipe do Projeto de Mãos Dadas, que realiza ações voluntárias no Centro Avançado de Oncologia de Barra Mansa (Oncobarra). Criado em 2011, e tendo como uma das ações as visitas periódicas aos pacientes em tratamento contra o câncer, o grupo esteve na manhã de ontem, no hospital, para apoiar uma de suas voluntárias. Sônia Rodrigues Mello de Almeida, de 59 anos, se curou pela terceira vez de um câncer  de mama e  foi até lá na companhia dos amigos para “tocar o sino” que sinaliza o final do processo de quimioterapia.

Junto aos outros voluntários, caracterizados com roupas coloridas, nariz de palhaço e perucas, Sonia acompanhou o grupo – que tinha a presença de dois músicos –  pelos corredores do hospital, nas salas de espera e no setor onde os  pacientes faziam quimioterapia. Em meio a louvores, brincadeiras e muitas palavras de otimismo, o objetivo da ação, segundo ela, foi levar esperança e reafirmar a todos que ali estavam que, embora seja um diagnóstico difícil, o câncer pode ter cura.

“Eu descobri o primeiro câncer em 2015 e fiquei prostrada numa cama, sem vontade de fazer nada. Me curei, em 2021 apareceu outro e, enquanto fazia o tratamento aqui no hospital eu conheci esse grupo de voluntários, que teve um papel fundamental na minha cura. De lá, para cá, sempre participei das ações e, em 2023, o câncer voltou e agora, mais uma vez, o tratamento chegou ao fim.  Não fiquem sem esperança, pois nós temos um Deus que cuida de todos vocês”, disse a voluntária.

Foto: Iam Martins

Foto: Iam Martins

 

 

 

 

 

Emoção na sala de espera

Muito emocionada com os louvores e o carinho recebido pelo grupo, a dona de casa, Conceição Moreira, de 69 anos, que aguardava o marido, da mesma idade, fazer quimioterapia, disse que o testemunho de Sônia foi renovador para todos que estão enfrentando a doença, bem como seus familiares. “O trabalho desse grupo é muito especial, estou muito emocionada porque o meu marido também vai fazer a última quimio dele. Nós temos, sim,  que confiar em Deus e ter esperanças de cura, assim como essa integrante do grupo também  teve”, disse.

A dona de casa, Cristiane Brandão, de 47 anos, acompanhava o pai, de 77, na quimioterapia, e também se emocionou com a iniciativa do Grupo de Mãos Dadas que, segundo ela, é sempre esperado pelos pacientes devido ao momento de alegria que levam para o ambiente do hospital. “Eu venho com o meu pai duas vezes na semana, de 15 em 15 dias e, quando eles estão aqui, é sempre mais leve. Hoje foi mais do que especial, com o testemunho desta integrante, porque isso fortalece. Vê-la brincando, sorrindo e como está bem faz a diferença e enche a todos nós de esperança”, disse.

Foto: Iam Martins

Grupo criado para ajudar os menos favorecidos

De acordo com a coordenadora do Grupo de Mãos Dadas, Mara Gomes, além dos momentos voltados para os pacientes da Oncobarra, o grupo que foi criado em 2011, tem a finalidade de ajudar os menos favorecidos como forma de diminuir a desigualdade social.

Entre as atividades se incluem: reforço escolar, corte de cabelos, barbas e unhas nos hospitais nas segundas-feiras, cursos profissionalizantes, visita com os palhaços em hospitais, escolas e asilos, musicoterapia, tratamento psicológico, contação de histórias, bazar beneficente, distribuição de cestas básicas e arrecadação de alimentos nos supermercados da cidade, guarda roupa social e capelania.   “Hoje foi um dia muito especial porque a nossa voluntária Sônia é uma integrante do projeto e nunca deixou de levar amor, alegria e esperança para os pacientes e também nessas outras atividades do grupo. Ela é uma guerreira, muitas vezes deixou de sentir sua própria dor para sentir a dor dos outros. Hoje estávamos em festa, Sônia fez sua última quimioterapia e está de alta. Não só levamos alegria na data de hoje, mas batemos o sino da vitória junto com ela”, disse Mara.

A assistente social da Oncobarra, Leila Carmo, falou sobre a importância do grupo  para  o hospital onde, segundo ela, os integrantes se doam levando amor, alegria e, principalmente, esperança para os pacientes.  “Eles fazem isso de maneira lúdica e especial com uma proposta, e não só como uma simples visita. Eles trazem cuidado para os pacientes e somatizam muito o tratamento no momento em que estão aqui. O retorno é maravilhoso, todos já ficam esperando e, nesse dia especial, ter uma voluntária, paciente, testemunhando uma história de superação acaba fortalecendo a todos”, completou.

Foto: Iam Martins

Foto: Iam Martins

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