Volta Redonda é referência no serviço de acolhimento familiar

0

VOLTA REDONDA

Dentre os municípios do Vale do Paraíba, Volta Redonda é uma das primeiras cidades a implantar o Serviço de Acolhimento Familiar. O projeto foi lançado em 2012, pela Fundação Beatriz Gama, e de lá pra cá, o programa possibilitou o convívio familiar de 18 crianças e adolescentes e oito turmas formadas, realizando capacitação em 19 famílias acolhedoras. Essa experiência, especialmente para os acolhidos, reflete em um impacto significativo no desenvolvimento no social, emocional e de saúde psicológica e física, sendo percebidos através de avanços na autoestima, na autoconfiança e no desenvolvimento cognitivo.

Para ser uma Família Acolhedora é necessário que o candidato participe de um processo de capacitação, realizado pela equipe técnica do serviço através de psicóloga e assistente social, e que tenha interesse e disponibilidade em cuidar, oferecer amor e carinho à criança ou adolescente acolhido. O candidato precisa ser maior de 25 anos, ser morador de Volta Redonda, não estar habilitado no cadastro de adoção e ter algum tipo de renda, já que o serviço tem caráter voluntário. Por ser um serviço de alta complexidade, devido a sua estrutura se caracterizar pela condição de risco social e vulnerabilidade, o Ministério Público, através da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, realiza sistematicamente, a cada trimestre, uma visita de monitoramento e fiscalização.

O prefeito Samuca Silva destacou que esse é um serviço de política pública, previsto na Política Nacional de Assistência Social do governo federal. “Um número expressivo de municípios em todo território brasileiro vem implantando o Família Acolhedora e é gratificante saber que Volta Redonda foi um dos primeiros municípios do Vale Paraíba em aderir esse programa, visto pela sua amplitude e significado na sociedade”, enfatizou.

Para os acolhedores, o programa proporciona a aquisição de novos valores sociais e regras de convivência à criança e ao adolescente. A médica Isis Lassarote, de 50 anos, é testemunha dessa boa experiência e disse que já realizou o acolhimento duas vezes. “A ideia é que eles não percam a vivencia familiar e aprendam outra forma de se relacionar. Além disso, temos que oferecer os direitos básicos que toda criança tem, como alimentação e segurança”, destacou.

A coordenadora do Acolhimento Familiar, Ana Claudia Domingues, contou que a última visita foi realizada em agosto de 2019 e destacou que é importante a divulgação desse serviço, de forma a atingir a população, com o objetivo de captar novas famílias acolhedoras e, assim, possibilitar o acolhimento familiar de crianças e adolescentes que hoje permanecem em instituições, como a Fundação Beatriz Gama. “Até o momento pudemos realizar a capacitação de 19 famílias acolhedoras em turmas, sendo a oitava turma formada em fevereiro deste ano. Dentre essas, algumas famílias permanecem no cadastro, aptas para acolher”, informou.

Deixe um Comentário